Apoiado por Trump, Mike Johnson é eleito presidente da Câmara dos EUA
Anúncio acontece depois de um vácuo de três semanas
Depois de um vácuo de três semanas, o deputado republicano Mike Johnson, de Louisiana, foi escolhido como novo presidente da Câmara dos Estados Unidos, nesta quarta-feira, 25.
Com apoio unânime do Partido Republicano, Johnson derrotou o democrata Hakeem Jeffries por 220 votos a 209. Um deputado republicano esteve ausente da votação.
A decisão se dá após outros três nomes serem rejeitados para concorrer à função. Além de apoio de alas mais moradas, Johnson também agrada a ala mais radical do partido, incluindo o ex-presidente Donald Trump. Nesta quarta-feira, poucas horas antes da votação, o magnata usou suas redes sociais para afirmar que “minha sugestão é ir com o candidato principal, Mike Johnson, e fazer isso logo”.
Apoiador feroz de Trump e figura central no Congresso nos esforços fracassados para tentar frustrar os resultados da eleição de 2020, que levaram Joe Biden à Casa Branca, Johnson foi eleito pela primeira vez para a Câmara em 2016. Ele serve atualmente como presidente da Conferência Republicana da Câmara.
Na Casa, fez parte do grupo de republicanos na votação para sustentar a objeção aos votos eleitorais em 6 de janeiro de 2021. Durante o primeiro julgamento de impeachment de Trump, em janeiro de 2020, Johnson desempenhou um papel amplamente cerimonial na equipe do então presidente.
A decisão de alçá-lo à presidente acontece três semanas depois da queda de Kevin McCarthy, que ocupava a Presidência desde janeiro deste ano. No mês passado, republicanos ultradireitistas se rebelaram contra o então líder, diante de divergências sobre legislação orçamentária.
O vácuo de poder deixou a Câmara americana paralisada, ou seja, impedida de aprovar novas leis. A trava escala preocupação dos parlamentares, enquanto o governo caminha em direção a um possível “shutdown” (desligamento, em tradução livre). Caso o legislativo não aprove o orçamento do novo ano fiscal até dia 17 de novembro, prazo já estendido, agências governamentais serão obrigadas a encerrar suas atividades.