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Ameaçada por tarifas de Trump, Índia irá dobrar comércio bilateral com EUA até 2030

Compromissos foram feitos após encontro entre presidente americano, Donald Trump, e primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, na Casa Branca

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 14 fev 2025, 09h59

A Índia e os Estados Unidos concordaram em começar conversas para um acordo comercial e resolução de um impasse em torno de tarifas, com direito a promessas de Nova Délhi de mais que dobrar o comércio bilateral para US$500 bilhões, até 2030, e comprar mais petróleo, gás e equipamento militar americanos, além de combater a imigração ilegal. Os compromissos foram feitos após um encontro entre o presidente americano, Donald Trump, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, na Casa Branca, na quinta-feira, 13.

Horas antes do encontro entre os líderes em Washington, Trump criticou o clima para as empresas americanas na Índia, mesmo depois de decretar impostos sobre aço e alumínio, que atingiram particularmente o país, forte produtor de metal.

Os EUA simplesmente cobrariam as mesmas tarifas que a Índia cobra, disse Trump, enquanto o déficit comercial com a Índia poderia ser resolvido com a venda de petróleo e gás. A tarifa média simples da Índia sobre países com o status de nação mais favorecida é de 17%, em comparação com os EUA, que cobram 3,3%.

O comércio total de bens dos EUA com a Índia é estimado em US$ 129 bilhões em 2024, de acordo com o Escritório do Representante Comercial dos EUA. O superávit da Índia com os EUA, seu segundo maior parceiro comercial, atingiu US$ 45,7 bilhões no ano passado.

O acordo para resolver preocupações comerciais pode ser fechado nos próximos sete meses, disse o secretário de Relações Exteriores da Índia, Vikram Misri. Em troca, os EUA abririam caminho para a venda de caças F-35 para a Índia, assim como maior cooperação em energia nuclear.

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Trump também acrescentou que os EUA aumentariam as vendas de equipamentos militares para a Índia em milhões de dólares — uma forma de afastar a Índia da Rússia, maior parceiro comercial indiano quando o assunto é Defesa.

As compras de petróleo e gás americanos pela Índia podem chegar a US$ 25 bilhões em um futuro próximo, ante US$ 15 bilhões no ano passado, disse Misri, acrescentando que isso pode contribuir para reduzir o déficit comercial.

Os EUA têm um déficit comercial de US$ 45,6 bilhões com a Índia. No geral, a taxa média ponderada de tarifas comerciais dos EUA tem sido de cerca de 2,2%, de acordo com dados da Organização Mundial do Comércio, em comparação com os 12% da Índia.

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Tarifas Recíprocas

Na quinta-feira, Trump formalizou o plano para implantar tarifas recíprocas nas relações comerciais com outros países. O objetivo é equiparar as taxas cobradas pelos americanos sobre os produtos que importam e as pagas por eles para exportar para outras nações.

A medida pode trazer um amplo aumento tarifário para economias de mercado emergentes, incluindo o Brasil. Na segunda-feira, Trump anunciou a imposição de tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio – decisão que já deve impactar diretamente o Brasil, segundo maior fornecedor da commodity para os americanos.

Nesta sexta-feira, o presidente Lula disse que se os Estados Unidos taxar o aço brasileiro, o Brasil vai responder.

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“Se os Estados Unidos taxarem o aço brasileiro, nós vamos reagir comercialmente. Ou Vamos denunciar essa medida na Organização Mundial do Comércio”, disse o presidente.

Lula disse ainda que os Estados Unidos precisam refletir sobre sua própria postura ao longo das últimas seis décadas, período em que promoveram intensamente o livre comércio. “O livre comércio  era uma coisa que eles venderam de forma alucinada  depois dos anos 80, no tempo do Reagan, nos Estados Unidos,  da Margaret Thatcher na Inglaterra”, disse.

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