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Alemanha: Merkel fecha acordo de coalizão com sociais-democratas

As negociações para a formação de um novo governo se arrastaram por mais de quatro meses

Por Da redação
Atualizado em 7 fev 2018, 16h48 - Publicado em 7 fev 2018, 08h43

A união de partidos ligados à chanceler da AlemanhaAngela Merkel, chegou nesta quarta-feira a um acordo para formar uma nova coalizão de governo com o principal partido de centro-esquerda do país, o Social-Democrata (SPD, na sigla em alemão), após uma sessão final de negociações que se arrastou por 24 horas.

Segundo a agência de notícias DPA, a União Democrata Cristã (CDU), de Merkel, seu partido aliado na Baviera, a União Social Cristã (CSU), e o SPD acertaram os detalhes finais do acordo, após conseguirem decidir quais ministérios devem caber a quem. Os sociais-democratas comandarão as pastas das Relações Exteriores, do Trabalho e das Finanças. O Ministério das Finanças ficou nas mãos do CDU nos últimos oito anos.

O acordo deixa a Alemanha um passo mais perto de um novo governo depois de mais de quatro meses de uma incerteza política que tem enfraquecido o papel do país em assuntos internacionais e levantado dúvidas sobre a permanência de Merkel no cargo de chanceler.

O pacto deve ainda ser referendado pelos mais de 460.000 membros do SPD, em um processo que deve levar algumas semanas. Muitos membros da sigla mostram-se céticos, após o partido registrar um desempenho ruim na última eleição, que se seguiu a quatro anos de uma grande coalizão entre o SPD e os conservadores de Merkel.

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Caso não se chegasse a um acordo ou ainda se os membros do SPD rejeitarem a ideia, isso deixaria Merkel com duas opções: encabeçar um governo minoritário ou enfrentar uma nova eleição.

A tentativa de Merkel de formar um governo com dois partidos menores fracassou em novembro. O líder do SPD, Martin Schulz, que inicialmente descartou renovar a coalizão com Merkel, depois mudou de ideia e passou a negociar com os conservadores.

Na eleição de 24 de setembro do ano passado, o grupo de Merkel foi vitorioso, mas não obteve maioria absoluta no Parlamento alemão.

(Com Estadão Conteúdo e Reuters)

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