Advogado ateia fogo ao corpo em protesto contra combustíveis fósseis
O americano David Buckel também era fervoroso defensor dos direitos dos homossexuais, Ele enviou carta de despedida à imprensa
David Buckel, conhecido advogado americano e fervoroso defensor dos direitos dos homossexuais, cometeu suicídio ao atear fogo ao próprio corpo em Nova York, no sábado 13.
Segundo carta de despedida enviada à imprensa, David explicou protestar contra os danos causados ao planeta em decorrência dos combustíveis fósseis.
“A poluição causa estragos em nosso planeta e espalha a inabitabilidade pelo ar, solo, pela água e pelo clima”, escreveu Buckel em um e-mail que enviou a vários meios de comunicação americanos e que foi reproduzido pelo jornal nova-iorquino.
“A maioria dos humanos no planeta agora respira ar insalubre com combustíveis fósseis e muitos, como consequência, morrem prematuramente. Minha morte prematura com um combustível fóssil reflete o que nós estamos fazendo conosco”, denunciou.
De acordo com o New York Times, David Buckel ateou fogo ao corpo no Brooklyn Prospect Park, e foi declarado morto às 06h30 locais (07h30 de Brasília).
David Buckel, de 60 anos, era um famoso ativista pelos direitos dos homossexuais nos Estados Unidos e interveio em famosos casos de discriminação.
Da associação Lambda Legal, esteve na vanguarda do movimento para legalizar o casamento gay, agora juridicamente reconhecido em todos os estados do país.
“A notícia da morte de David é lamentável: é uma perda terrível para a família Lambda Legal, mas também para todo o movimento pela justiça social”, declarou em um comunicado uma das diretoras da organização, Camilla Taylor, que se referiu ao advogado como um “brilhante visionário jurídico”.
Segundo vários de seus amigos citados pelo New York Times, Buckel começou a se apaixonar pela defesa do meio ambiente após sua saída da Lambda Legal, há alguns anos.
“Ter propósitos respeitáveis durante a vida convida a ter propósitos respeitáveis na morte”, escreveu Buckel em sua carta de despedida.
Com AFP