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Acidente aéreo nos EUA: áudio captura conversa de controladores e tripulantes do helicóptero

Avião da American Airlines, com 64 pessoas, estava próximo do pouso quando bateu com aeronave do Exército. Causa da colisão ainda é desconhecida

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jan 2025, 13h21 - Publicado em 30 jan 2025, 09h26

O áudio do controle de tráfego aéreo registrou os momentos antes, durante e depois da colisão, na noite de quarta-feira 29, entre um avião comercial e um helicóptero militar em Washington, D.C., capital dos Estados Unidos. O acidente aconteceu por volta das 21h do horário local (23h de Brasília), e ambas as aeronaves caíram no Rio Potomac, de onde pelo menos 28 corpos foram recuperados.

Segundo as autoridades, o voo 5342 da American Airlines transportava 60 passageiros e quatro tripulantes. Três soldados estavam no helicóptero Black Hawk do exército, e ambos explodiram em um impacto violento. A batida aconteceu perto do Aeroporto Ronald Reagan, que opera voos nacionais, onde o jato comercial pousaria na pista 33. Equipes de buscas trabalham com botes e helicópteros no rio, próximo ao aeroporto. Não há registro de sobreviventes, por enquanto, e autoridades ainda não divulgaram um número oficial de mortos.

Áudio arrepiante

O áudio do LiveATC.net, uma fonte respeitada para gravações de voos, obtido pela agência de notícias Reuters, capturou as conversas finais entre os três membros da tripulação do helicóptero — sinal de chamada PAT25 — antes de colidir com o Bombardier CRJ700 da American Airlines.

“PAT25, você tem um CRJ à vista? PAT25, passe atrás do CRJ”, disse um controlador de tráfego aéreo às 20h47 de quarta-feira, no horário de Washington, D.C.

Poucos segundos depois, outra aeronave entrou em contato com o controle de tráfego aéreo, dizendo: “Torre, você viu isso?”, em aparente referência à colisão. Um controlador de tráfego aéreo, em seguida, redirecionou os aviões que se dirigiam à pista 33 do Aeroporto Nacional Ronald Reagan, para que realizassem um contorno nos céus.

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“Bateu, bateu, bateu, isso é um alerta três”, um dos controladores de tráfego aéreo disse no áudio, próximo ao momento da colisão sobre o gelado Rio Potomac.

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“Não sei se você ouviu o que aconteceu antes, mas houve uma colisão na aproximação para a 33. Vamos parar as operações por tempo indeterminado”, falou outro controlador. “Tanto o helicóptero quanto o avião caíram no rio”, um terceiro completou. “Provavelmente está no meio do rio.”

“Eu só vi uma bola de fogo e depois desapareceu. Não vi mais nada desde que eles atingiram o rio. Mas era um CRJ e um helicóptero que colidiram”, concluiu o terceiro controlador.

O que se sabe sobre a colisão

A colisão foi capturada em vídeo por uma webcam ao vivo operada pelo Centro John F. Kennedy de Artes Cênicas, a alguns quilômetros do local do acidente.

Às 20h47, duas aeronaves são vistas se chocando, resultando em uma bola de fogo nos céus, seguida por um rastro de fumaça. Antes da colisão, o avião estava se aproximando da pista 33 no Aeroporto Nacional Ronald Reagan, segundo a Administração Federal de Aviação.

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Várias agências em Washington disseram que receberam telefonemas sobre um acidente de avião acima do Rio Potomac às 20h53. O departamento de emergência de incêndio da cidade confirmou que ambas as aeronaves caíram na água.

Pete Hegseth, o recém-empossado secretário da Defesa de Donald Trump, postou nas redes sociais um e-mail de Heather Chairez, porta-voz da Força-Tarefa Conjunta-Região do Capitólio Nacional dos Estados Unidos, afirmando que o helicóptero fazia um voo de treinamento militar no momento da colisão. Ele estava conectado ao campo de aviação do exército de Davison, em Fort Belvoir, Virgínia, ao sul de Washington.

Hegseth comunicou que o Departamento de Defesa e o Exército iniciaram uma investigação sobre o episódio.

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Autoridades não divulgaram uma contagem oficial de sobreviventes, nem de vítimas, até o início desta quinta-feira, enquanto helicópteros, barcos da polícia e mergulhadores se aglomeravam no Rio Potomac para responder ao acidente.

Com 64 pessoas a bordo, o jato comercial, um Bombardier CRJ700, estava quase lotado. Um oficial do Exército não confirmou o status da tripulação de três militares a bordo do helicóptero, um Sikorsky H-60 ​​Black Hawk.

Pelo menos 28 corpos foram retirados da água, segundo a mídia local. Patinadores artísticos, bem como seus familiares e treinadores, estavam entre os passageiros do avião, de acordo com a U.S. Figure Skating, o órgão regulador americano do esporte. O grupo retornava de um campo de treinamento após o campeonato nacional de patinação artística, realizado em Wichita, Kansas, no fim de semana.

Cerca de 300 socorristas trabalham em condições perigosas e “altamente complexas” para encontrar sobreviventes ou corpos, informou John Donnelly, chefe dos bombeiros de Washington. A água escura, extremamente fria, e ventos fortes aumentaram o desafio da tarefa: mesmo se alguém tiver sobrevivido à queda, meteorologistas alertaram para o risco de hipotermia.

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