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A dias de um calote, Câmara dos EUA aprova suspensão do teto da dívida

O governo federal ficaria inadimplente a partir de 5 de junho; medida vale até 2025

Por Da Redação
1 jun 2023, 09h08

A Câmara dos Deputados americana aprovou, nesta quinta-feira, 1, um projeto de lei para suspender o teto da dívida dos Estados Unidos. O acordo bipartidário foi acertado entre chefe da Casa Branca, o democrata Joe Biden, e o presidente da Câmara, o republicano Kevin McCarthy, a dias do governo americano ficar inadimplente.

A votação final da Câmara foi de 314 a 117, sendo que 149 republicanos e 165 democratas apoiaram a medida. Em um sinal inquietante para McCarthy, 71 membros de seu partido se opuseram ao acordo, mas ele minimizou as preocupações com divisões internas e comemorou as concessões políticas que obteve nas negociações com Biden.

O presidente dos Estados Unidos também aplaudiu a aprovação da legislação na Câmara, pedindo rapidez ao Senado para evitar um calote. A secretária do Tesouro, Janet Yellen, alertou que o governo federal não poderá pagar suas contas a partir de 5 de junho, a menos que seja autorizado a tomar mais empréstimos.

“Este acordo orçamentário é um compromisso bipartidário. Nenhum dos lados conseguiu exatamente o que queria”, disse Biden em um comunicado. “Fui claro que o único caminho a seguir é um compromisso bipartidário que possa ganhar o apoio de ambas as partes. Este acordo atende a esse teste.”

O projeto de lei vai suspender o teto da dívida do governo até janeiro de 2025, garantindo que o problema não ocorra novamente antes da próxima eleição presidencial. Como parte de suas negociações com Biden, McCarthy pressionou com sucesso por cortes de gastos do governo e mudanças nos requisitos para qualificação ao Programa de Assistência Nutricional Suplementar.

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No entanto, as concessões que McCarthy ganhou ficaram muito aquém do que os deputados mais radicais do Partido Republicano, reunidos no Caucus da Liberdade, queriam. O grupo pressionou por cortes de gastos mais acentuados e requisitos muito mais rígidos para programas de benefícios. Eles estavam dispostos a deixar que o governo ficasse inadimplente, com uma dívida de mais de US$ 31 trilhões (R$ 156 trilhões).

Por isso, McCarthy teve que contar com a ajuda dos democratas para avançar com a proposta do teto da dívida. No final, 52 democratas votaram a favor da moção processual (que dá início à votação) e 165 ajudaram a aprovar o projeto.

O líder democrata na Câmara, o representante Hakeem Jeffries, de Nova York, zombou do fracasso de McCarthy em unificar seu partido, dizendo que ele “perdeu o controle do plenário”.

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No entanto, dezenas de deputados democratas mais progressistas também se opuseram ao projeto de lei, alegando que os cortes de gastos e os novos requisitos para benefícios eram uma afronta aos seus eleitores.

Os progressistas no Senado, incluindo o senador Bernie Sanders, ecoaram as críticas e indicaram que planejam se opor à proposta do teto da dívida, mas o projeto ainda parece ter chances de se tornar lei. O líder da maioria democrata no Senado, o senador Chuck Schumer, de Nova York, prometeu agir rapidamente para aceitar o projeto assim que for aprovado na Câmara. O líder da minoria republicana no Senado, o senador Mitch McConnell, de Kentucky, já indicou que planeja apoiar a proposta também.

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