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100 dias de guerra: Ucranianos resistem enquanto Rússia avança ao leste

Apesar de combates duros, presidente Volodymyr Zelensky reconheceu na quinta-feira que um quinto do território ucraniano já está sob controle de Moscou

Por Redação Atualizado em 3 jun 2022, 12h57 - Publicado em 3 jun 2022, 11h29

O conflito que os países ocidentais acreditavam que seria resolvido em poucos dias já se arrasta há mais de três meses. Após ter fracassado nos combates no norte ucraniano e de ter sido expulsa da capital, Kiev, a Rússia concentrou sua ofensiva no leste, visando ao controle total da região do Donbas e já ocupa 20% do território ucraniano.

Nesta sexta-feira, 3, na marca do centésimo dia da guerra, o governador regional ucraniano Serhiy Gaidai, informou que forças russas avançaram profundamente na cidade industrial Sievierodonetsk, essencial para controlar toda a província de Luhansk e, então, a região completa do Dobas. Apesar da movimentação, tropas ucranianas ainda seguem resistindo, segundo o político.

Centro das disputas entre os países comandados por Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin, a área já sofria antes mesmo da invasão da 24 de fevereiro. Há oito anos, forças separatistas pró-Moscou começaram a ocupar as províncias de Donetsk e Luhansk.

+ Rússia ocupou 20% do território da Ucrânia, segundo Zelensky

Segundo militares russos, o interesse do Kremlin no território é estabelecer um corredor terrestre para conectar a Rússia à Crimeia, península que anexou em 2014.

“Lamento dizer que o Exército russo conseguiu penetrar profundamente na cidade… eles controlam a maior parte da área”, disse o chefe da administração da região, informando que cerca de um quinto do território era agora uma “zona cinzenta” contestada.

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+ Parte da cidade Severodonetsk ‘já é controlada pela Rússia’, diz Ucrânia

Na quinta-feira, 2, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que 20% de seu país está sob controle da Rússia e a região de Donbas, uma vez um dos centros industriais “mais poderosos da Europa”, está devastada.

Segundo o líder ucraniano, mais de 30.000 soldados russos foram mortos desde que a guerra começou há mais de três meses. Ele acrescentou que 100 ucranianos estão morrendo diariamente no leste da Ucrânia, e outras 450-500 pessoas por dia ficam feridas.

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Em tom mais otimista, o ministro da Defesa da Ucrânia, Oleskiy Reznikov, observou que ainda havia resistência das forças ucranianas no local, que afastaram russos de algumas ruas e capturaram seis soldados inimigos.

“Então, eu diria aos céticos para não descartar Sievierodonetsk. É muito cedo para fazer isso. A cidade está aguentando”, disse Reznikov, acrescentando que os ucranianos tiveram algum sucesso na região durante a noite, sem dar detalhes.

Paralelamente aos combates na cidade sitiada, militares ucranianos iniciaram treinamento em novos e avançados sistemas de mísseis. O ministro da Defesa ucraniano espera que a operação ajude a virar a batalha a seu favor nas próximas semanas.

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+ Por que o sistema de foguetes de longo alcance é importante para a Ucrânia

Os novos sistemas de foguetes HIMARS e MLRS, que podem atingir as linhas de suprimentos traseiras russas e ajudar a neutralizar o poder de fogo da artilharia russa, foram prometidos no início desta semana pelos Estados Unidos e Reino Unido. Washington estimou que cerca de três semanas de treinamento eram necessárias antes que a Ucrânia possa começar a usar os foguetes. 

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