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Black das Blacks: VEJA com preço absurdo

Saiba onde degustar o cognac Louis XIII, um dos mais cobiçados do mundo

Com novo menu degustação exclusivo, o restaurante Simone, em São Paulo, é a nova embaixada da tradicional marca de cognac francesa

Por André Sollitto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 28 out 2025, 16h00

O sommelier coloca luvas brancas antes de manusear a garrafa. Abre a tampa da garrafa, produzida por 11 artesãos usando cristal Baccarat e decorada com uma flor de lis, e usa uma pipeta para servir pequenas doses em taças de cristal feitas especialmente para a ocasião. É costume que o anfitrião dê início ao brinde, encostando sua taça na de outra pessoa, que em seguida passa o brinde adiante até que todos tenham participado. A cada brinde, o som do cristal preenche a sala. Há um ritual para servir o cognac Louis XIII, o mais famoso do mundo, que começa a ganhar mais destaque no mercado de luxo do Brasil.

Todo cognac (ou conhaque) é um brandy, um destilado produzido a partir de vinho. Mas nem todo brandy – e nem todo eaux-de-vie, destilado transparente produzido à base de frutas – pode ser considerado um cognac. Como os vinhos que são reconhecidos pelas regiões onde são produzidos, o cognac só pode ser feito em Cognac, na França. Há regras específicas para a produção. Entre as uvas permitidas, a principal é a Ugni Blanc, conhecida por lá como Saint-Émilion. O brandy precisa ser destilado duas vezes em alambiques de cobre e deve passar ao menos dois anos em barris de carvalho francês provenientes de Limousin, Tronçais, Allier ou Nevers. A maioria dos cognacs, no entanto, ficam muito mais tempo em contato com a madeira. Há outro brandy bastante famoso na França: trata-se do Armagnac, feito na região de mesmo nome no sul do país.

Dose é servida em pipeta pelo sommelier Caio Lutfe
Dose é servida em pipeta pelo sommelier Caio Lutfe (Kato/Divulgação)

No caso do Louis XIII, o processo é ainda mais complexo. É feita apenas uma colheita por ano, em setembro, e uma única destilação. Em seguida, a bebida é envelhecida exclusivamente em tierçons, barris finos de carvalho francês com capacidade para cerca de 500 litros usados originalmente para o transporte marítimo, centenários, com até 150 anos de idade. Essas barricas não são mais produzidas. Ao menos 80% do cognac fica mais de 100 anos em contato com a madeira. Ou seja, o destilador que começa o processo não verá o resultado final. Não à toa, a marca, produzida pela Rémy Martin (parte do grupo de luxo Rémy Cointreau), diz que há uma “dinastia” de destiladores envolvidos no processo. 

Tanta sofisticação tem um preço. Uma dose de Louis XIII é vendida em hoteis por cerca de R$ 2,5 mil. A garrafa inteira, de 700 ml, custa cerca de R$ 30 mil. O Louis XIII é vendido no Brasil em alguns empórios e pode ser encontrado também em doses. Mas agora volta a ter uma representação oficial. Com isso, há uma diferença na maneira como ele passa a ser apresentado a clientes, em eventos privados e degustações guiadas.

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Há também uma parceria com o restaurante Simone, que reabriu em abril no bairro do Itaim, em São Paulo. Sob o comando do chef italiano Simone Paratella, a casa tornou-se a embaixada oficial do Louis XIII. Há um menu especial, em seis tempos, elaborado para harmonizar com o cognac. A experiência começa com um amuse-bouche de king crab com caviar sobre crostino de manteiga clarificada, seguido por um paté de foie gras com brioche e gel de figos com crocante de nozes pecã. Entre os pratos principais o destaque é o nocchi de scampi em seu ristretto com molho de manteiga de crustáceos. Todas as etapas são harmonizadas com vinho, e o Louis XIII é servido como manda o ritual no final da refeição, pelo sommelier Caio Lutfe. A experiência completa custa R$ 1.850 por pessoa e é preciso fazer reservas.

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