Do amor ao ódio: doce de morango viraliza, traz lucro para confeiteiros, mas decepciona amadores

Como tantas febres da internet, não se sabe quem começou, nem porque se tornou viral. Fato é que o morango do amor, adaptação da tradicional maçã do amor, se espalhou pelo país, fazendo a alegria das confeiteiras. Do dia para a noite, embaladas por postagens nas redes sociais, passaram a receber encomendas como nunca antes.

“Vendi 700 unidades em dois dias”, conta Caroline Scherner, confeiteira de 32 anos, que trabalha com bolos e outros doces em Chapecó, Santa Catarina. Uma das postagens do perfil de Carol, como é conhecida no Instagram, atingiu mais de 9 milhões de visualizações e ela passou a receber mensagens até de pessoas que moram no Reino Unido, se interessando pela iguaria composta por morangos frescos, brigadeiro branco e uma fina camada de açúcar com corante vermelho.

Sem ter como atender todos os clientes, a doceira abriu uma fila de espera.  “Essa onda está sendo uma segunda páscoa para a gente”, diz ela, que aumentou o faturamento em 80% esse mês e pensa em contratar mais gente para ampliar a produção.  “Um cliente que compra um morango com a gente, pode acabar voltando para comprar outras coisas”, aposta.

No ano passado, as postagens com o doce já tinham feito um certo barulho, mas nada parecido com o observado agora. No Google Trends, serviço que monitora as buscas pela site, o termo “morango do amor” disparou na última semana. Nas redes sociais, os vídeos com pessoas produzindo e comendo o doce também se multiplicaram de maneira expressiva.

Ódio

Da mesma forma, começaram a se tornar famosos os vídeos das pessoas que tentaram fazer o doce em casa, mas não obtiveram tanto sucesso. Sem tanta experiência com o ponto do brigadeiro branco, ou com a o manejo da calda vermelha que cobre o morango e que deve criar uma casquinha crocante, muitos usuários também viralizaram com postagens hilárias produzindo o o “morango do ódio”, ou do “terror”.

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