Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Uma Copa diferentona: seis situações inéditas do Mundial do Catar

Competição que acontece entre 20 de novembro e 18 de dezembro, reserva novidades — e uma despedida polêmica preparada pela Fifa

Por Da redação
Atualizado em 19 nov 2022, 10h17 - Publicado em 17 nov 2022, 15h30

Mais de quatro anos depois que a França não deu chance para a zebra, na grande final disputada em Moscou contra a Croácia, e garantiu seu segundo título do maior torneio de seleções do planeta, a bola vai voltar a rolar no dia 20 de novembro, na Copa do Mundo do Catar.

Desta vez, em um país sem nenhuma tradição futebolística — que garantiu o direito de sediar o evento só pela força da grana (aquela mesma que ergue e destrói coisas belas, como os estádios climatizados que receberão jogadores e torcedores para as 64 partidas mais esperadas do ano).

Pela primeira vez a festa será realizada no Oriente Médio. Mas este não é o único ineditismo desta Copa diferentona. Há outras “novidades” deste Mundial: a primeira Copa disputada em novembro e dezembro; a primeira com estádios tão próximos entre si; a primeira com 26 convocados; a primeira com mulheres como árbitras e assistentes; e a primeira com impedimento controlado pelo VAR — e uma “despedida” que acontecerá (a última com 32 países em busca da taça).

A primeira em novembro e dezembro

Desde 1930, as 21 edições da Copa sempre foram disputadas em junho e julho, ao final da temporada europeia. Este ano, porém, a bola só vai rolar agora, por causa do calor. No meio do ano, são comuns as temperaturas na casa dos 50 graus no Catar.

Copa em novembro e dezembro: estratégia para 'driblar' o forte calor -
Copa em novembro e dezembro: estratégia para ‘driblar’ o forte calor – (Kirill Kudryavtsev/AFP)

Em novembro e dezembro, elas são mais “amenas” (máximas em torno de 35 graus). Ainda assim, foram construídos estádios fechados e refrigerados, para garantir a saúde e o bem-estar de jogadores e torcedores.

A primeira no Oriente Médio

Há mais de trinta anos a Fifa deu início a seu projeto de internacionalização. Passou a ter mais países filiados do que a Organização das Nações Unidas — e investe em programas de formação de jovens jogadores (e jogadoras) em áreas em que o futebol é menos desenvolvido. Esse esforço inclui um rodízio na realização dos principais torneios (a Copa e também os Mundiais Sub-20 e
Sub-17, tanto no masculino quanto no feminino).

Continua após a publicidade
Mundial marcado por inúmeras acusações de descumprimento das leis trabalhistas -
Mundial marcado por inúmeras acusações de descumprimento das leis trabalhistas – (Kirill Kudryavtsev/AFP)

Assim, foi com um misto de surpresa e resignação que a comunidade da bola recebeu a notícia de que o Catar seria a sede do evento neste ano. A primeira vez no Oriente Médio será no país que é considerado o mais rico do planeta — não faltaram denúncias de que a escolha teria sido comprada, bem como acusações de descumprimento das leis trabalhistas e de direitos humanos durante a construção dos estádios. Tudo para popularizar o esporte na região.

A primeira em um país tão pequeno

É fato que a primeira Copa, em 1930, só teve jogos em Montevidéu. Mas apenas treze países compareceram para a disputa. Agora, pela
primeira vez o Mundial será realizado num país tão pequeno (com 11 610 quilômetros quadrados, o Catar tem metade da área de Sergipe, o menor estado brasileiro).

Estádio Al-Janoub, um dos palcos da Copa no Catar -
Estádio Al-Janoub, um dos palcos da Copa no Catar – (Cristiani Apolonio/Placar)

Assim, a maior distância entre os oito estádios é de apenas 71 quilômetros. Dá para visitar todos num único dia — e acompanhar mais de um jogo sem grande esforço.

Continua após a publicidade

A primeira com 26 convocados

Em entrevista a PLACAR, Tite disse que nem todos os treinadores gostaram da decisão. Pela primeira vez, as seleções terão 26 jogadores convocados (e disponíveis) em todos os jogos.

VAI RIR POR ÚLTIMO? - Tite ao revelar a lista de convocados: o técnico gaúcho deixará a seleção após o Mundial -
Tite levou 26 e causou polêmica com a opção por Daniel Alves – (Antonio Lacerda/EFE)

São três vagas a mais em relação aos times que foram à Rússia, em 2018. Mais opções no banco, mais debate entre a torcida para ver quem merece a chance de estar lá — e também mais atrito entre quem entra e quem não entra em campo (confira as listas completas).

A primeira com mulheres juízas

Talvez a mais saudável novidade da Copa de 2022 seja a presença de árbitras e assistentes do sexo feminino. Na lista divulgada em maio, são 36 juízes, 69 assistentes e 24 árbitros de vídeo, entre eles seis mulheres. A brasileira Neuza Back é uma delas.

Neuza Back, uma das representantes do Brasil no apito -
Neuza Back, uma das representantes do Brasil no apito – (Liamara Polli/CBF)
Continua após a publicidade

Entre os homens, nossos representantes são Raphael Claus e Wilton Pereira Sampaio — e isso também é novidade, pois sempre havia apenas um brasileiro nesse grupo.

A primeira com VAR de impedimento

Para o bem e para o mal, o árbitro assistente de vídeo (VAR, na sigla em inglês) chegou para ficar. A novidade este ano é que teremos não apenas a tecnologia que indica, no relógio do juiz de campo, quando a bola cruza totalmente a linha em lances de gol. Estarão em operação também os sensores que vão conferir os lances de possível impedimento.

VAR
Uso do VAR será intensificado na atual edição – (Lucas Figueiredo/CBF)

O sistema é chamado de semiautomatizado porque consegue apontar o momento exato em que a bola saiu do pé do jogador para o
companheiro. A decisão final continua sendo da equipe de juízes que ficam na cabine durante o jogo.

A promessa é que isso agilize o processo, inclusive a divulgação de uma imagem em 3D do lance duvidoso, mostrando as linhas e o posicionamento dos atletas tanto na TV, em casa, quanto nos telões dentro dos estádios.

Continua após a publicidade

A última com 32 participantes

Numa Copa com tantos ineditismos, a principal “despedida” é a do número de seleções participantes. Pela última vez serão 32. A partir de 2026, o número de países em busca da taça passa a ser de 48. A Fifa já confirmou que o próximo Mundial será disputado
no Canadá, nos Estados Unidos e no México.

Presidente da Fifa, Gianni Infantino, com a bola da Copa de 2022, em Doha, no Catar -
Próximo Mundial terá 48 participantes – (Franck Fife/AFP)

As distâncias são tão grandes que serão criadas divisões regionais, para reduzir os deslocamentos durante o torneio. A previsão
é que haja dezesseis cidades-sede: onze estadunidenses (Atlanta, Boston, Dallas, Filadélfia, Houston, Kansas, Los Angeles, Miami, Nova York, São Francisco e Seattle), três mexicanas (Cidade do México, Guadalajara e Monterrey) e duas canadenses (Toronto e Vancouver).

O inchaço certamente levará equipes com muito menos tradição a participar da festa — com direito a jogos pouco interessantes. Tudo para garantir a tal da internacionalização do futebol sonhada pela Fifa. Mas, por ora, fiquemos no Catar.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.