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Tunísia surpreende França, mas vaga inédita escapa por pouco

Apesar do triunfo tunisiano por 1 a 0, vitória da Austrália sobre a Dinamarca classificou a equipe da Oceania às oitavas de final

Por Luiz Felipe Castro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 nov 2022, 14h10 - Publicado em 30 nov 2022, 14h00

DOHA – O fechamento do Grupo D da Copa do Mundo reservou fortes emoções e terminou com gosto agridoce para a Tunísia. A seleção africana surpreendeu a atual campeã França, que iniciou o duelo com time reserva, e venceu por 1 a 0 no estádio Education City, nesta quarta-feira, 30, mas não foi o suficiente para garanti-la nas oitavas de final. Apesar do susto, a seleção europeia terminou na liderança da chave.

Uma das favoritas ao título e vindo de duas vitórias convincentes, desta vez a França não manteve o mesmo nível. Bem como Tite fará na seleção brasileira, o técnico Didier Deschamps optou por poupar seus principais titulares, incluindo Kylian Mbappé e Antoine Griezmann. Já a Tunísia contou com apoio da maioria dos 43.627 presentes, que fizeram bastante barulho na esperança de uma vaga inédita. Para isso, precisava vencer os atuais campeões e torcer por um empate entre Austrália e Dinamarca. Quase deu.

O triunfo por 1 a 0 da Austrália sobre a Dinamarca valeu a classificação dos oceânicos, com os mesmos seis pontos da França, em desvantagem apenas no saldo de gols. Nas oitavas, as equipes cruzam com as do Grupo C (ainda nesta quarta, a Argentina encara a Polônia e o México a Arábia Saudita).

A Tunísia ficou por um triz de fazer história. O time africano foi amplamente superior na primeira etapa e chegou a abrir o placar aos 7 minutos, quando Wahbi Khazri bateu falta da esquerda e Nader Ghandri mandou para as redes. O assistente, porém, indicou impedimento, confirmado pelo VAR, calando a euforia tunisiana.

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Pouco depois, o meia Ellyes Skhiri também teve boa chance, mas isolou para fora. A França respondeu com Kignsley Coman, que saiu de frente para o goleiro Dahmen, mas bateu torto. Já no fim da primeira etapa, Slimane desviou cruzamento de cabeça, a bola bateu no zagueiro Ibrahima Konaté e o goleiro Steve Mandanda defendeu no canto.

O cenário se manteve no segundo tempo, com a França atordoada e a Tunísia em busca do gol que poderia lhe valer a vaga histórica. Aos 12 minutos, a torcida explodiu em êxtase com o belo gol de Wahbi Khazri. O jogador do Saint-Ettiene, da França, arrancou, cortou Raphael Varane e marcou com um sutil toque de esquerda, na saída de Mandanda. O jogo chegou a ser paralisado graças à invasão de um torcedor tunisiano. 

Correndo o risco de perder o primeiro lugar do grupo, Deschamps mandou a campo suas estrelas do ataque, Mbappé, Griezmann e Ousmane Dembelé. A cada toque na bola, o astro do PSG era vaiado. Os Azuis, então, passaram a dominar o jogo em busca do empate e chegaram perto em finalizações de Mbappé, bloqueadas ou defendidas por Dahmen.

No último lance da partida, Griezman aproveitou sobra e chegou a empatar o jogo, mas o lance foi invalidado pelo VAR por impedimento, para delírio de uma das torcidas mais empolgantes do torneio. A Tunísia se despediu com efusivos gritos e aplausos, enquanto a França deixou dúvidas sobre o real poder de seu elenco.

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Tunísia e França fizeram jogo disputado no Cidade da Educação -
Tunísia e França fizeram jogo disputado no Cidade da Educação – (Adrian Dennis/AFP)

 

 

 

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