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Três motivos para acreditar na classificação do Corinthians… e outros três para pessimismo

A equipe paulista enfrenta o Barcelona de Guayaquil em Itaquera depois de perder por 3 a 0 fora de casa

Por Natalia Tiemi Hanada Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 12 mar 2025, 11h48

A noite desta quarta, 12, será decisiva para o Corinthians. Depois de perder por 3 a 0 contra o Barcelona de Guayaquil no Equador, a equipe paulista busca um resultado muito difícil para não repetir o trauma da eliminação na Pré-Libertadores. Caso não saia com a vitória de no mínimo três gols de diferença para levar aos pênaltis, ou quatro para seguir em frente nos 90 minutos, o clube acumulará três eliminações na fase preliminar do torneio continental.

O torcedor, contudo, tem bons motivos para acreditar numa classificação heroica na Neo Química Arena, evidentemente lotada. Porém, o corinthiano mais cético e o rival secador têm razões para pessimismo, entre os alvinegros, e alegria, entre os adversários. Enfim, não há meio termo, o que torna a partida incontornável. 

 

Eis um trio de motivos para acreditar na virada e outropara abandonar as esperanças vãs:

 

POR QUE ACREDITAR NA CLASSIFICAÇÃO

1) Trio de ataque forte (mas Garro pode ficar de fora)

Yuri Alberto, Rodrigo Garro e Memphis Depay compõem um trio extaordinário, e sempre muito perigoso.  Na semifinal do Paulistão, contra o Santosm na vitória por 2 a 1, Yuri marcou gol com a assistência de Memphis e Garro selou o jogo com um golaço, levando o Timão para a final contra o Palmeiras. A escalada no final do ano passado, da zona do rebaixamento para a pré-Libertadores, teve a participação de pelo menos um deles em 91% dos gols do Corinthians depois da chegada de Memphis.

No entanto, há uma preocupação nesta quarta-feira: Garro pode ficar de fora, depois de sofrer dores no joelho direito.  Não é impossível que o treinador Ramón Díaz poupe o camisa 8 para as finais contra o Verdão. 

 

2) Já aconteceu antes

Em partidas decisivas em jogos de ida e volta pela Libertadores, no século XXI, houve duas viradas da dimensão que o alvinegro precisa esta noite, em Itaquera. Em 2012, a Universidade Chile reverteu derrota de 4 a 0 para o Deportivo Quito, do Equador, ao alcançar 6 x 1 em Santiago. Em 2017, o River Plate da Argentina perdeu por 3 a o para o Jorge Wilsterman, da Bolívia, em La Paz – na volta, cravou 8 a 0. Um detalhe: as duas equipes que seriam derrotadas, em casa jogaram em altitude desumana. Não foi o caso do Barcelona de Guayaquil. Ou seja, difícil, mas não impossível.

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3) “Bem vindo ao hospício”

O time não perdeu nenhuma partida na Neo Química Arena neste ano. Os torcedores do Timão estiveram presentes com uma média de 42,6 mil em 35 partidas em 2024. É uma torcida apaixonada, que não desiste do time, prova disso está no apoio na vitória na fase anterior da Pré-Libertadores contra o Universidad Central (VEN) por 3 a 2. Para o jogo desta quarta, os membros do Fiel Torcedor, programa de sócio-torcedor do clube, esgotaram os ingressos disponíveis. Pela Libertadores, desde 2014, quando o estádio foi inaugurado, o Timão disputou 23 jogos, com 13 vitórias, 4 empates e 6 derrotas. Marcou 39 gols e levou 16, com saldo favorável de 23, sempre com plateia completa. Daí o otimismo.

 

POR QUE NÃO ACREDITAR NA CLASSIFICAÇÃO

1) A defesa oscila muito

A defesa é motivo de preocupação. No jogo de ida contra o Barcelona de Guayaquil, cada um dos três gols resultaram de erro da zaga, João Pedro Tchoca cometeu o pênalti que levou ao primeiro gol dos equatorianos. Gustavo Henrique fez um gol contra em uma bola parada, mas, para sua sorte foi anulado. André Ramalho ficou esperando a bola, enquanto o atacante adversário se adiantou para escorar de cabeça na sua frente e ampliar o placar. Depois, no 3 x 0, o ótimo goleiro Hugo Souza cortou mal a bol, que sobrou paraa sobrou para um meio-campista do Barcelona chutar de chapa para o gol. O problema não é de hoje, mas pode custar caro em uma bola aérea ou parada, somada a decisões imprecisas da defesa. A estatística assusta:

No Campeonato Paulista, o Corinthians fez 14 jogos, com 24 gols marcados e 14 sofridos, o que é relativamente muito. A média de gols é de 1,71 por partida. Mas sofrer 1 por jogo é preocupante. Na Libertadores, o cenário é pior. Foram apenas 3 jogos, com 4 gols a favor e seis contra. A média é de 2 gols tomados a cada 90 minutos.

2) Retrospecto negativo de viradas na Libertadores

Em 18 participações na Libertadores, o Timão já perdeu 13 vezes no primeiro jogo do mata-mata. Em apenas uma, tendo saído atrás, conseguiu a  classificação. A diferença, no entanto, era de apenas um gol contra o Rosario Central, em 2000. A disputa ainda seguiu para a disputa de pênaltis, para então garantir uma vaga na próxima fase. Perder por três de diferença também já aconteceu. Em 1996, o Corinthians foi derrotado pelo Grêmio por 3 a 0 na ida. O time paulista venceu o tricolor gaúcho na volta, mas por apenas 1 a 0, sendo eliminado nas quartas de final.

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3) As sombras “Tolima” e “Guaraní”

Há dois traumas do Corinthians na pré-Libertadores. Em 2011, o Timão foi a primeira equipe brasileira a cair fora na fase preliminar da competição. O adversário foi o Deportes Tolima, da Colômbia. Depois de empate em 0 a 0 no Pacaembu, o time comandado por Tite, com Ronaldo e Roberto Carlos em campo, foi derrotado por 2 a 0 na volta, e adeus. No ano seguinte, convém lembrar, o alvinegro seria campeão da Libertadores e Mundial.

Em 2020, com Tiago Nunes como treinador e o meia Luan em campo, o Corinthians foi eliminado pelo Guaraní, do Paraguai, e pela segunda vez desmoronou na pré-Libertadores. Depois de perder o primeiro jogo por 1 a 0, venceu a volta por 2 a 1, mas, pelo critério de gol qualificado, deixou o torneio.

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