São Paulo inicia ‘Era Ceni’ com jejum incômodo e aposta em jovens
Sem conquistar títulos há quatro anos e com pouco dinheiro em caixa, clube confia na capacidade do ídolo para ter um 2017 feliz
Teve início nesta quarta-feira a nova passagem de Rogério Ceni pelo São Paulo. O ex-goleiro estreou na condição de treinador na reapresentação da equipe no centro de treinamento da Barra Funda. Ceni teve uma conversa com os atletas, dirigentes e funcionários do clube e apresentou a todos os seus auxiliares, o inglês Michael Bale e o francês Charles Hembert. Em sua nova função, o ídolo tricolor terá pela frente uma realidade diferente da que se acostumou a viver no Morumbi.
Quando Rogério se despediu dos gramados, por exemplo, o São Paulo contava com atletas renomados como Luís Fabiano, Alexandre Pato e Paulo Henrique Ganso. Agora, o desafio do treinador estreante será lidar com um grupo enxuto, poucas contratações e, portanto, apostas em jovens da base.
Primeiro clube grande do Estado a retomar os trabalhos em 2017, o São Paulo inicia mais um ano atrás dos rivais: teve a pior colocação no último Brasileiro e é o que está há mais tempo sem títulos (quatro anos). Para tentar quebrar o jejum, a diretoria fez quatro contratações já oficializadas: o goleiro Sidão e o atacante Neilton, ambos ex-Botafogo, o meia Cícero, ex-Fluminense e Wellington Nem, ex-Shakhtar Donetsk.
Os atletas jovens, como David Neres, 19 anos, e Luiz Araújo, 20 anos, que já se destacaram no fim de 2016, devem ganhar mais oportunidades com o treinador que, assim como eles, é cria das categorias de base. O zagueiro Rodrigo Caio, 23 anos e outro “prata da casa”, deve se consolidar como líder do time.
Nesta quarta, foram realizadas apenas avaliações clínicas e físicas, com trabalhos fechados, em dois períodos. Na sexta, o elenco embarcará para os Estados Unidos, onde disputa a Florida Cup. A estreia será no dia 19 de janeiro contra o Millonarios, da Colômbia, ou o River Plate, da Argentina.
(com Estadão Conteúdo)