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McGregor, o maluco irlandês que quer reinar no MMA e no boxe

Ele é, sim, um fanfarrão extravagante e apaixonado por dinheiro. Mas também é muito talentoso, e não tem medo de nada – nem de Mayweather

Por Da redação
25 ago 2017, 13h38

No Brasil, Conor McGregor ficou mais conhecido como o irlandês fanfarrão que prometeu e cumpriu: nocauteou impiedosamente o campeão José Aldo em 13 segundos e se tornou a grande estrela do UFC desde então. A trajetória do atleta espalhafatoso e bom de briga nascido em Dublin há 29 anos, no entanto, tem outros momentos importantes. E pode chegar ao ponto mais alto neste sábado, na luta contra “Money” Floyd Maywather, possivelmente o único lutador ainda mais marrento que McGregor na atualidade. A luta May-Mac acontece em Las Vegas, sob as regras de boxe, com transmissão para o Brasil (saiba como assistir).

Assim como seu adversário, hoje McGregor adora esbanjar a fortuna que adquiriu após três anos de enorme sucesso no UFC.  Carrões, ternos bem alinhados e assessórios de ouro são exibidos aos montes em suas redes sociais, mas a vida do maior ídolo do esporte irlandês na atualidade nem sempre foi cercada por luxo. O pai de McGregor era um operário e fez o filho trabalhar como encanador na adolescência, no mesmo período em que ele iniciou seus treinos em boxe e kickboxing. A paixão pela luta (que sempre contribuiu para seu comportamento esquentado) falou mais alto, no entanto.

Dono de potentes golpes e muita personalidade, o lutador canhoto conseguiu resultados expressivos em seu país desde muito jovem. Em fevereiro de 2008, aos 19 anos, fez sua primeira luta de MMA, um nocaute em uma categoria chamada Cage of Truth. Sempre como o mesmo perfil provocador, foi se tornando conhecido na Europa e, após 15 lutas (13 vitórias e duas derrotas) em competições menores, finalmente recebeu uma chance de Dana White – que se tornaria seu maior admirador – para estrear no UFC, em 2013.

Conor McGregor toma o cinturão de José Aldo durante evento do UFC na Irlanda
Conor McGregor toma o cinturão de José Aldo durante evento do UFC na Irlanda (Jeff Bottari/Zuffa LLC/Getty Images)

A partir daquela vitória sobre Marcus Brimage, em Estocolmo, McGregor iniciou uma das mais velozes e espetaculares ascensões do MMA. Em 2015, ganhou a chance de desafiar o campeão José Aldo e, com suas incessantes provocações durante os eventos promocionais e a força de sua mãe esquerda, conseguiu derrubar o brasileiro e se tornar o campeão dos penas. Dana White, então, viu no atleta de barba ruiva e língua afiada a oportunidade de penetrar no mercado europeu e faturar como nunca. Para isso, exagerou na “proteção” a McGregor, que já não visava mais dominar o peso-pena.

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Nos últimos anos, já milionário, McGregor tentou a sorte nos pesos meio-médio (perdeu uma e ganhou outra de Nate Diaz) e nos leves (nocauteou Eddie Alvarez e se tornou o primeiro atleta ter dois cinturões do UFC simultaneamente (teria, depois, que abrir mão do dos leves). O UFC ficou pequeno para ele e McGregor – ajudado, claro, pelo ganancioso Dana White, conseguiu convencer Mayweather a desistir da aposentadoria para enfrenta-lo na luta mais cara da história (deve movimentar mais de 1 bilhão de reais). Sem nunca ter lutado boxe profissionalmente, McGregor vem repetindo com sua conhecida confiança que nocauteará o americano, que jamais perdeu nas 49 vezes em que subiu no ringue. Mayweather é o favorito para a luta, mas deve ter cautela; afinal, McGregor sempre promete e costuma cumprir.

McGregor
McGregor posa com os dois cinturões do UFC (Brandon Magnus/Zuffa LLC/Getty Images)
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