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Júlio César e Roberto Carlos negam torcida pela Argentina: ‘Rivalidade’

Em evento da Fifa, no Catar, ex-jogadores da seleção brasileira rejeitaram aderir a campanha do técnico Lionel Scaloni por união sul-americana em decisão

Por Luiz Felipe Castro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 15 dez 2022, 13h18 - Publicado em 15 dez 2022, 13h13

DOHA – Contrariando a sugestão do técnico argentino Lionel Scaloni, que pediu torcida dos brasileiros pela Argentina na final da Copa do Mundo do Catar, os ex-jogadores Júlio César e Roberto Carlos negaram apoio à seleção do país vizinho em evento realizado pela Fifa nesta quinta-feira, 15, que reuniu dezenas de “lendas” para um jogo festivo em Doha, no Catar. A decisão contra a França acontece no próximo domingo, 18, às 12h (de Brasília), no estádio de Lusail.

“França. Como brasileiro eu tenho que torcer para a França. Adoro o Messi, é incrível, sensacional, bonito de ver jogar, mas eu, como todo brasileiro, tenho essa rivalidade gostosa entre Brasil e Argentina”, disse o ex-goleiro, que ainda classificou como hipocrisia uma união entre os países sul-americanos:

“Obviamente, se fosse o Brasil na final, os argentinos também torceriam contra. Não vamos ser hipócritas neste momento, gente. Todos os amantes do futebol que não são brasileiros estão torcendo muito para que o Messi leve essa Copa pela história, pela carreira linda que vem construindo até então”.

Presente nas Copas de 2006, 2010 e 2014 pela seleção brasileira, Júlio César atuou por sete temporadas na Inter de Milão, da Itália, com inúmeros argentinos como Walter Samuel, Diego Milito, Javier Zanetti, Esteban Cambiasso, Juan Sebastián Verón, Júlio Cruz e outros nomes.

Júlio César ganhou a camisa 10 que seria utilizada por Ronaldinho -
Júlio César ganhou a camisa 10 que seria utilizada por Ronaldinho – (Luiz Felipe Castro/VEJA)
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Roberto Carlos, por sua vez, foi mais comedido. O ex-lateral do Real Madrid e da seleção brasileira nos Mundiais de 1998, 2002 e 2006 optou por não declarar torcida a nenhum dos países após a eliminação do Brasil para a Croácia.

“Eu vou torcer para que seja um grande jogo. Eu não tenho preferência, sério mesmo. Depois que o Brasil saiu, não tenho uma seleção favorita. Tenho amizade com a maioria dos jogadores da Croácia, França, Argentina, Marrocos… então não tenho uma preferência real. Sou brasileiro”, explicou.

Questionado sobre a preferência por um técnico estrangeiro para suceder Tite na seleção brasileira, também se esquivou: “O próximo técnico da seleção serei eu. Estou me preparando para isso”

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Ex-goleiro é vigiado pelo ex-atacante alemão Jürgen Klinsmann -
Ex-goleiro é vigiado pelo ex-atacante alemão Jürgen Klinsmann – (Luiz Felipe Castro/VEJA)

Scaloni voltou a tentar publicamente uma aproximação entre brasileiros e argentino na entrevista após a classificação da seleção alviceleste à final. Na ocasião, ele exaltou o futebol do país, dizendo ser “fanático pelo Brasil”, e pediu por apoio na decisão alegando que “o futebol sul-americano precisa se sentir importante”.

Ainda na fase de grupos, Scaloni deu outra declaração surpreendente ao dizer que torceria pelo Brasil caso a sua seleção não ganhasse o Mundial.

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Um outro astro brasileiro era aguardado no evento, mas não apareceu: Ronaldinho Gaúcho. Colegas e a organização não sabiam de seu paradeiro. Júlio Cesar foi quem herdou sua camisa 10 e atuou na linha. Jogaram no mesmo time os brasileiros Dida e Kaká, os argentinos Javier Zanetti, Maxi Rodríguez e Diego Milito e os uruguaios Diego Forlán e Diego Lugano.

Se a Argentina vencer, essa será a primeira conquista de um país sul-americano após 20 anos de espera – ou depois de cinco edições consecutivas. Desde 2002, quando o Brasil faturou o pentacampeonato na Coreia do Sul e no Japão, os vencedores foram sempre europeus: a Itália, em 2006, a Espanha, em 2010, a Alemanha, em 2014, e França, em 2018.

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