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F1: Com dívida bilionária, dono da Force India é preso

Acusado de fraude, Vijay Mallya pode ser deportado para a Índia

Por Da redação
18 abr 2017, 11h39

Dono da equipe Force India, equipe da Fórmula 1, o empresário magnata Vijay Mallya foi preso nesta terça-feira pela polícia britânica em Londres após pedido das autoridades indianas, onde ele é acusado de lavagem de dinheiro e de ter dívidas bancárias de mais de US$ 1 bilhão em empréstimos para a sua companhia aérea, a Kingfisher Airlines, que já foi fechada. Em Nova Délhi, o governo saudou a prisão, dizendo que agora espera a extradição do empresário. “Mallya será trazido de volta à Índia. O governo está trabalhando para isso. Ninguém será poupado”, disse Santosh Gangwar, o ministro das Finanças.

A Direção de Execução da Índia processa o magnata, dono da empresa de bebidas alcoólicas UB Group e de um time de críquete no seu país, por uma dívida de 94 bilhões de rupias (cerca de 1,45 bilhão de dólares), e pediu, no ano passado, a presença de Mallya durante o processo em Nova Délhi. Na época, disse que o magnata não estava cooperando com os investigadores, e ignorou três convocações para falar sobre o caso.

Com as dívidas sendo cobradas por bancos, Mallya deixou a Índia em março de 2016, passando a viver na Grã-Bretanha e se recusando a voltar ao país para participar do seu julgamento. A Índia, então, cancelou o seu passaporte e pediu a sua extradição para as autoridades britânicas.

O fracasso da Kingfisher Airlines, que o empresário lançou em 2005, provocou o aumento das suas dívidas e desencadeou o colapso de vários das suas empresas. O governo indiano em 2012 suspendeu a licença da companhia aérea depois de não ter pago pilotos e engenheiros por meses. Enquanto Mallya enfrenta problemas com a Justiça, a Force India faz um bom início de temporada na Fórmula 1. Após três provas, a equipe ocupa o quarto lugar no Mundial de Construtores com 17 pontos.

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O empresário acusou a mídia indiana de exagero e afirmou que a audiência de extradição começaria hoje, como esperado. Não comentou sobre sua prisão.

(com Estadão Conteúdo)

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