Escândalo de corrupção abala basquete dos EUA
Um ex-jogador da NBA e um executivo da Adidas estão entre os detidos por suspeita de fraude, corrupção e pagamento de propina na liga universitária NCAA

Um grave escândalo de corrupção na principal liga de basquete universitário dos Estados Unidos, a NCAA, foi revelado nesta terça-feira por promotores em Nova York. Dez pessoas, incluindo quatro assistentes técnicos da competição e um executivo da Adidas foram detidos por suspeita de fraude, corrupção e pagamento de propina. Entre os acusados está Chuck Person, ex-jogador de sucesso na NBA, a principal liga do esporte no mundo.
O Ministério Público dos Estados Unidos investiga, desde 2015, o pagamento de milhares de dólares em propina para direcionar estrelas da faculdade a certos agentes esportivos e conselheiros financeiros.
Nos processos, James Gatto, um dos nomes diretamente envolvidos no escândalo, é descrito como “diretor de marketing esportivo de uma fornecedora alemã”. Conforme publica o New York Times, Gatto é funcionário da Adidas. Ele é suspeito de pagar 100.000 dólares (cerca de 316.000 reais) à família de um jogador para que ele aceitasse atuar por determinada universidade, patrocinada justamente pela empresa alemã.
Em comunicado, a Adidas prometeu colaborar com as investigações: “Hoje tomamos conhecimento que autoridades federais detiveram um funcionário da Adidas. Estamos nos informando mais sobre a situação. Não somos conscientes de qualquer má conduta e cooperaremos plenamente com as autoridades “.
No caso de outro jogador, a quantia de 150.000 dólares (cerca de 474.000 reais) foi paga para que o atleta escolhesse uma universidade patrocinada pela fornecedora envolvida, assinasse com Christian Dawkins, um agente da NBA e, posteriormente, fechasse um acordo de patrocínio com a marca.
Chuck Person, que atuou 13 temporadas na NBA e se destacou pelo Indiana Pacers, é acusado de usar sua posição de assistente técnico para receber propinas ao indicar conselheiros financeiros para os atletas. Book Richardson, Tony Bland e Lamont Evans, assistentes técnicos de outras equipes da NCAA, também foram indiciados por cobrarem para facilitar o acordo de atletas com empresários.

(com Gazeta Press)