Engenhão virou ‘praça de guerra’, relata ator de Tropa de Elite
Sandro Rocha, conhecido por interpretar um miliciano no filme, presenciou brigas entre torcedores de Flamengo e Botafogo. Uma pessoa morreu
O ator Sandro Rocha, conhecido por interpretar um miliciano no filme Tropa de Elite, comparou neste domingo o entorno do Engenhão a “uma praça de guerra” antes da vitória do Flamengo sobre o Botafogo, por 2 a 1, pelo Campeonato Carioca, neste domingo. Ele relatou ter ouvido tiros, visto correria e cadeiras arremessadas. Um torcedor morreu e sete ficaram feridos.
“Estamos aqui no Engenhão, são 18h15. Isso aqui está uma praça de guerra, sem polícia, pouca polícia no Engenhão. Já saiu tiro”, afirmou o ator, em transmissão ao vivo pelo Facebook. “É o caos que a gente vive no Rio de Janeiro. Não tem entretenimento, não tem mais nada. A quantidade de tiro que teve aqui, vou te falar, e tem três carros da polícia aqui. Não tem segurança. Faço um apelo aos amigos do 3º (batalhão, do Méier) para chegarem aqui”, afirma o ator.
A confusão ocorreu quando torcidas de Flamengo e Botafogo se enfrentaram. Torcedores do setor norte chegaram a se deitar entre as cadeiras da arquibancada, com medo dos tiros. Segundo informação do jornal carioca Extra, a vítima fatal é Diego Silva dos Santos, de 28 anos, torcedor do Botafogo. Ele foi baleado no peito, chegou ao hospital em estado grave e não resistiu ao ferimento.
Entre os sete feridos, um deles apresenta quadro grave e está internado no Hospital Salgado Filho. Parte das pessoas foi alvejada por balas. Outras sofreram agressões.
A saída dos torcedores, após o fim do jogo, ocorreu sem incidentes. Durante a partida, a Polícia Militar reforçou o policiamento no entorno. Policiais que estavam fazendo patrulhamento nas praias da zona sul durante o dia foram transferidos para o estádio.
Segundo policiais militares que participaram do esquema de segurança do jogo, o contingente deslocado para a partida foi menor do que o normal por causa das manifestações de familiares de PMs na porta dos batalhões. A assessoria da Polícia Militar, no entanto, informou que o policiamento estava “reforçado” e que o efetivo era suficiente para garantir a segurança das torcidas.
(Com Estadão Conteúdo)