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Corinthians é condenado pela Fifa em contratações de Garro e Torres

As ações foram movidas pelos clubes que detinham os direitos dos jogadores, Atlético Talleres da Argentina e Santos Laguna do México

Por Alessandro Giannini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 4 fev 2025, 12h39

O Corinthians enfrenta sérias dificuldades financeiras após ser condenado pela Fifa em dois processos distintos, referentes às contratações do meio-campista argentino Rodrigo Garro e do zagueiro equatoriano Félix Torres, ambas realizadas em 2024. As ações foram movidas pelos clubes que detinham os direitos dos jogadores, Atlético Talleres da Argentina e Santos Laguna do México, respectivamente. As decisões da entidade máxima do futebol resultaram em uma dívida total de mais de 9,4 milhões de dólares, o que equivale a aproximadamente 55 milhões de reais na cotação atual.

Caso Garro

No caso do meia Rodrigo Garro, o Corinthians firmou um contrato com o Atlético Talleres para adquirir 80% dos direitos econômicos do jogador, com um valor total de transferência de 7.080.000 dólares. O pagamento seria feito em parcelas. Uma das cláusulas do contrato estabelecia que o valor da transferência seria bruto. No entanto, o clube brasileiro aplicou deduções sobre o valor da primeira parcela, alegando custos com impostos e taxas bancárias para remessa internacional. O Talleres, discordando da interpretação do Corinthians, recorreu à Fifa.

A Fifa decidiu a favor do Talleres, entendendo que o contrato não permitia deduções unilaterais por parte do Corinthians. A decisão da FIFA estabeleceu que o Corinthians deve pagar ao Talleres:

  • 612.000 dólares referentes à diferença da primeira parcela não paga.
  • 3.000.000 dólares, devido à ativação da cláusula aceleratória, que tornou o restante do valor da transferência imediatamente exigível.
  • 722.400 dólares em conceito de multa contratual (cláusula penal), correspondente a 20% do valor devido.
  • Juros de 18% ao ano sobre os valores em atraso.

Além disso, o Corinthians recebeu um aviso da Fifa por atraso no pagamento. A entidade estabeleceu um prazo de 45 dias para o pagamento total, caso contrário, o clube será proibido de contratar novos jogadores.

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Caso Félix Torres

O caso do zagueiro Félix Torres envolve uma situação similar, com o Corinthians adquirindo 80% dos direitos econômicos do jogador junto ao Santos Laguna por um valor total de 6.500.000 dólares, a serem pagos em parcelas. O contrato estabelecia que o valor a ser pago seria líquido, ou seja, sem deduções de taxas, impostos ou quaisquer outras despesas. O Corinthians atrasou o pagamento da segunda parcela, o que levou o Santos Laguna a recorrer à Fifa.

A Fifa também decidiu a favor do Santos Laguna, determinando que o Corinthians pague:

  • 4.500.000 dólares referentes às parcelas restantes, considerando a ativação da cláusula aceleratória.
  • 675.000 dólares como penalidade contratual, correspondente a 15% do valor em aberto.
  • Juros de mora de 18% ao ano sobre os valores devidos.
  • Multa de 30.000 dólares por atraso no pagamento.
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O Corinthians também tem um prazo de 45 dias para efetuar o pagamento, sob pena de ser proibido de registrar novos jogadores.

Recurso ao Tribunal Arbitral do Esporte (CAS)

Diante das decisões da Fifa, o Corinthians recorreu ao Tribunal Arbitral do Esporte (CAS) em ambos os casos, buscando reverter as decisões e suspender as cobranças. Os casos seguem pendentes de julgamento no CAS.

O Corinthians reafirma seu compromisso com o cumprimento das obrigações e que segue acompanhando o caso. No entanto, as condenações da Fifa colocam pressão financeira sobre o clube, que enfrenta a possibilidade de uma proibição de contratações, caso não efetue os pagamentos dentro dos prazos estabelecidos.

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