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Juiz rejeita ação de assédio sexual de Ashley Judd contra Harvey Weinstein

Atriz acusa produtor de ter prejudicado sua carreira, após caso que ocorreu há duas décadas

Por AFP
Atualizado em 10 jan 2019, 13h39 - Publicado em 10 jan 2019, 09h33

A justiça de Los Angeles rejeitou, na quarta-feira, a ação de assédio sexual movida pela atriz Ashley Judd contra o produtor de Hollywood Harvey Weinstein. Em sua decisão, o juiz Philip Gutiérrez declarou que a atriz pode prosseguir com seu processo por difamação contra o magnata, mas que a denúncia de assédio sexual não se enquadra na legislação do estado da Califórnia.

Judd acusa o outrora influente produtor – denunciado por abuso sexual por centenas de mulheres – de ter prejudicado sua carreira devido a sua negativa de ceder ao assédio. Segundo uma reportagem do jornal americano The New York Times, publicada em outubro de 2017, Ashley disse que há duas décadas teve uma reunião com Weinstein em seu quarto de hotel em Beverly Hills, onde ele perguntou se ela poderia lhe fazer uma massagem ou se poderia olhá-lo tomar banho.

O processo tem como base o caso relatado pelo renomado diretor Peter Jackson, de Senhor dos Anéis. Segundo ele, Weinstein vetou a participação de Judd na produção, garantindo que era “um pesadelo” trabalhar com ela. Jackson confirmou, em dezembro de 2017, que o produtor fez comentários na década de 1990 para desprestigiar atrizes que depois o acusaram de assédio ou abuso sexual.

Depois que Weinstein pediu o arquivamento do caso em julho, o juiz Gutiérrez esclareceu que o assédio é caracterizado em uma relação de trabalho já constituída, o que não era a situação de Ashley. Apesar de algumas acusações contra Weinstein já terem prescrito e outras não terem sido formalmente denunciadas à polícia, novos casos contra o produtor continuam aparecendo. 

Em dezembro, uma aspirante a atriz, que não foi identificada, denunciou o americano afirmando ter sido vítima de agressão e violência sexual durante o Festival de Cinema de Sundance em 2013. Além disso, está marcado para março, o pré-julgamento da Justiça de Nova York sobre as acusações de Weinstein ter estuprado uma mulher em um quarto em 2013 e de ter praticado sexo oral forçado em outra vítima em seu apartamento de Manhattan em 2006.

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