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Harvey Weinstein é expulso da Academia do Oscar

Envolvido em escândalo sexual, o superprodutor de Hollywood não poderá votar no Oscar nem em qualquer decisão interna da organização

Por Da redação
Atualizado em 25 out 2017, 21h15 - Publicado em 14 out 2017, 18h53

A Academia de Hollywood expulsou neste sábado (14) o produtor Harvey Weinstein, envolvido em um enorme escândalo de abusos e assédio sexual, e decidiu enviar ao mundo a mensagem de que “a era da ignorância deliberada e a cumplicidade vergonhosa” com os abusos sexuais terminou.

Os 54 membros da junta da academia encarregada do Oscar  realizaram hoje uma reunião urgente na sua sede de Los Angeles para decidir que medidas tomariam contra Weinstein, e anunciaram sua decisão em um duro comunicado, no qual se dirigem a toda a indústria cinematográfica.

“Fazemos isto não só para nos separar de alguém que não merece o respeito dos seus companheiros, mas também para enviar a mensagem de que a era da ignorância deliberada e da cumplicidade vergonhosa com os comportamentos sexuais de depredadores na nossa indústria acabou”, diz o comunicado.

“O que está em questão é um problema muito grave que a nossa sociedade não aceita”, acrescentam os membros da junta da Academia de Hollywood, instituição encarregada do Oscar e da qual fazem parte grandes ícones do cinema, como Tom Hanks, Whoopi Goldberg e Steven Spielberg.

 

Segundo a nota, os membros da Academia fizeram uma votação e, com uma maioria que superava os dois terços necessários, decidiram expulsar Harvey Weinstein de maneira imediata da Academia de Hollywood, onde os artistas são membros por toda a vida.

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A expulsão de Weinstein representa uma importante mudança de rumo na Academia, que durante anos defendeu que os êxitos profissionais estavam separados dos escândalos e, por isso, tinha rejeitado, por exemplo, expulsar o comediante Bill Cosby, acusado de abusos sexuais por 60 mulheres.

A Academia tampouco expulsou o produtor franco-polaco Roman Polanski, acusado de abusar de menores, e tampouco reprimiu o ator e diretor Mel Gibson, que em 2006, embriagado, proferiu duros comentários contra os judeus e em 2010 agrediu sua esposa.

O escândalo de Weinstein explodiu no início de outubro, quando o jornal The New York Times e a revista The New Yorker revelaram o histórico de assédios sexuais supostamente cometidos durante décadas por um dos produtores mais conhecidos e poderosos de Hollywood.

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A lista de atrizes e modelos que sofreram os abusos de Weinstein não deixou de crescer nos últimos dias e já chega a 40 nomes.

(com EFE e Agência Brasil)

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