‘Young Royals’: o que faz de série sobre príncipe gay um hit da geração Z
Segunda temporada do sucesso da Netflix dá continuidade ao romance difícil entre um jovem herdeiro real e seu amigo de escola
Após um ano repleto de altos e baixos no internato Hillerska, o príncipe herdeiro da Suécia, Wilhelm (Edvin Ryding), retorna para a escola disposto a reatar seu romance com Simon (Omar Rudberg) e se vingar do “amigo” August (Malte Gårdinger), que vazou um vídeo íntimo dos dois rapazes. Cativando os jovens assim como na primeira temporada, a nova leva de episódios de Young Royals, lançada recentemente pela Netflix, mostra que, quando bem feita, a mistura entre realeza e dramas adolescentes pode dar certo.
Com um retrato sincero da juventude, a série equilibra os momentos felizes com alguns problemas que pessoas LGBTQIA+ enfrentam nessa fase da vida repleta de sensações e descobertas intensas. O romance entre Wilhelm e Simon é carregado de leveza, mas isso não significa que será fácil eles assumirem um relacionamento público. O protagonista — no início aos moldes rebeldes do príncipe Harry — precisa lidar com o dilema entre se tornar o herdeiro da coroa sueca e estar apaixonado por outro rapaz, algo mal visto pela realeza conservadora.
Em contraponto a Heartstopper, outro sucesso da Netflix que retrata um romance LGBTQIA+ mais açucarado, Young Royals tem como trunfo mostrar o lado mais conflituoso da descoberta da homossexualidade, escancarando as dificuldades para se afirmar em meio à hipocrisia e ao moralismo. Com toque mais realista, a produção é um chamariz para os adolescentes, ainda, por ir além dos dramas típicos da geração Z, expondo desde o jogo de aparências da vida na realeza até conflito de classes. Com o toque pop do universo de príncipes e rainhas, a série sueca mostra que o final feliz pode não ser tão fácil de conquistar — ainda mais quando se está no ensino médio.