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‘Star Wars’, 40 anos de um fenômeno de dimensões galácticas

Como um filme desacreditado se converteu em sucesso de bilheteria e deu origem a uma das maiores sagas da história do cinema

Por Da redação
Atualizado em 25 Maio 2017, 14h37 - Publicado em 25 Maio 2017, 14h36

Quarenta anos após o público ser introduzido a uma galáxia muito, muito distante, a saga Star Wars segue firme, e consagrada, como um enorme fenômeno de fãs e uma extraordinária máquina de fazer dinheiro. Foi no 25 de maio de 1977 que Star Wars – Episódio IV: Uma Nova Esperança colocava o universo idealizado por George Lucas pela primeira vez no cinema, com Harrison Ford, Mark Hamill e Carrie Fisher nos papéis principais. O filme foi uma surpresa, superando qualquer expectativa de bilheteria. Hoje, segundo o site especializado Box Office Mojo, o longa acumula receita de 1 bilhão de dólares.

Já na terceira trilogia e com milhões de fãs no mundo todo, é difícil pensar, hoje, que Uma Nova Esperança não seria um sucesso garantido, mas, na época, muitos apostaram num grande fracasso do diretor de Loucuras de Verão (1973).

 

Lucas doidão

Não à toa. Completamente diferente do que havia no cinema então, a saga Star Wars, com sua mistura de humanos, robôs e os mais variados tipos de criaturas, parecia incompreensível. Para piorar, diálogos e roteiro deixavam a desejar. O elenco, guiado pelas decisões de Lucas, mal sabia como se portar. “George tinha uma visão tão clara na cabeça do que queria que era quase uma piada levar os atores a fazer exatamente como ele desejava”, disse com sarcasmo Harrison Ford, que interpreta Han Solo na saga, ao livro George Lucas – A Life (2016) de Brian Jay Jones. Mark Hamill, o ator que dá vida ao icônico Luke Skywalker, foi mais taxativo: “Tenho a leve suspeita de que, se houvesse uma maneira de fazer filmes sem atores, George faria”.

Por mais disfuncional que a filmagem possa ter sido, havia um método na loucura de George Lucas para encaixar aventura, romance, humor, perseguições espaciais e faroeste sideral em um só produto, que se tornou Star Wars. Lucas estava cansado da Nova Hollywood dos anos 1970 e de suas pretensões artísticas e narrativas, da violência e do sexo, do confronto social e cultural nos Estados Unidos por causa da Guerra do Vietnã. “Todos sabemos, como cada filme feito nos últimos dez anos mostra, o quão terríveis somos, como arruinamos o mundo, como somos idiotas e como tudo está podre. A verdade é que precisamos de algo mais positivo”, argumentou o diretor, então. Daí Star Wars: Uma Nova Esperança ser considerado um espetáculo escapista, além de feito para todos os espectadores, principalmente crianças e adolescentes.

A resposta do público não poderia ser melhor: o primeiro filme de Star Wars é a segundo longa-metragem com maior sucesso de bilheteira na história do cinema nos Estados Unidos, quando se reajustam os dados de faturamento. O filme só perde para …E o Vento Levou (1939).

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O legado

A produção de George Lucas também foi pioneira no aperfeiçoamento dos efeitos especiais e do som Dolby Stereo no cinema, mas talvez tenha deixado a sua marca mais duradoura na comercialização de merchandising e na criação de uma base de fãs ao redor de Star Wars.

Quatro décadas depois da aparição dos sabres de luz, a respiração de Darth Vader, o equilíbrio da Força e o Lado Negro passaram a fazer parte da cultura popular.Além dos filmes já lançados e dos que ainda estão por vir (em dezembro estreará Star Wars: Episódio VIII – Os Últimos Jedi), a saga se expandiu com livros, histórias em quadrinhos, séries de animação e jogos.

“Os fãs estão conosco nos momentos bons e ruins. São mais compreensivos que a minha própria família, que me critica o tempo todo”, brincou Hamill durante a última Star Wars Celebration, a convenção dedicada à saga que reuniu milhares de pessoas em Orlando neste ano. O encontro comprovou que a saga continua a atrair fãs entre os mais jovens e que atores como Daisy Ridley e John Boyega, protagonistas da nova trilogia, já estão entre os novos ídolos do público.

Com o poder financeiro e criativo da Disney, que em 2012 comprou de George Lucas os direitos da saga por 4 bilhões de dólares e recebeu aplausos da crítica por Star Wars: O Despertar da Força (2015), é impossível imaginar um futuro não lucrativo para a franquia.

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O Último Jedi, o oitavo episódio da saga e o segundo de sua terceira trilogia, tem estreia prevista para 15 de dezembro deste ano.

(Com agência EFE)

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