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Rodolfo Abrantes, ex-cantor do Raimundos: ‘Deus me tirou do buraco’

Ele explica por que quebrou um jejum de vinte anos sem fazer shows e conta como sua vida mudou ao trocar a banda pela fé evangélica

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 19 jul 2025, 08h00

Sua nova turnê — que passará por várias cidades a partir de outubro — celebra trinta anos de carreira, incluindo o período com os Raimundos. Como avalia o atual momento de vida? Olho para trás com gratidão por minha história. Quando comecei, eu era um jovem de Brasília apaixonado por música, e ter me reinventado é uma dádiva. No meu público hoje tem um monte de cabeças brancas e crianças. O trabalho mais fácil do mundo é ser segurança em meus shows. Não tem briga. Quando cantamos sobre um Deus que ensina respeito e cuidado com o próximo, a música cumpre o papel de educar.

Sua retomada dos shows ao vivo ocorre após vinte anos cantando apenas em eventos religiosos. Estava sentindo falta dos palcos? Sim, nesse período eu só me apresentava durante os cultos, porque a música também faz parte desse ambiente. Embora não tocasse em casa de shows, lancei um monte de músicas e me senti impulsionado a voltar. Ainda carrego minha maneira de compor, e a adrenalina que sinto no palco é tão grande que minha cabeça demora umas três horas para desligar.

Foi a religião que o fez abandonar os palcos? Minha saída do Raimundos gerou alguns traumas, não só para mim, como para a própria banda e para os fãs. Enfrentei um ambiente de certa animosidade. Na sequência, eu montei o Rodox, com músicas religiosas, e a banda sofreu rejeição muito grande. Então, decidi me dedicar 100% a meu ministério e isso não excluiu a música, pois eu continuei compondo e gravando. Mas entendi que precisava passar meu testemunho da Palavra. Foi importante me devotar à religião porque isso edificou a minha fé.

Como você se sente hoje? Me sinto rejuvenescido. A sensação de sair de casa com as guitarras para fazer um show é inexplicável. E hoje é ainda mais legal porque eu posso consertar coisas que fazia no passado de forma equivocada.

Há um aumento expressivo da música gospel no streaming. Como vê esse avanço? O que o pop, o funk ou o sertanejo cantam hoje deixaria os Raimundos parecendo um bando de freiras. É inevitável, mais cedo ou mais tarde, os jovens sofrerem consequências devido ao estilo de vida torto. Quando você experimenta Deus e sua vida fica em paz, naturalmente busca uma vida mais saudável, leve, com menos culpa e vergonha. A música evangélica é feita para esse ambiente de culto e adoração. Mas existem inúmeras vertentes de gospel no hip-­hop, metal, punk, pop, reggae, sertanejo.

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A saída dos Raimundos o salvou de seus problemas com as drogas? Eu fumava maconha e tomava um acidozinho. Mas meu primeiro encontro com Cristo foi para me curar de uma enfermidade: eu me via triste, querendo desistir de tudo. Pensei em tirar minha vida. Então, meu corpo começou a reagir, eu voltei a engordar, e melhorei. Estava em um buraco e Deus me tirou de lá.

Ainda escuta alguma música dos Raimundos? Não. Nem é por causa das músicas, mas porque as letras eram retratos fiéis do que eu vivia, e minha vida mudou radicalmente desde então. O que eu canto hoje aponta para o meu futuro, para onde eu quero chegar.

Publicado em VEJA de 18 de julho de 2025, edição nº 2953

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