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Premiado em Veneza, ‘Deserto Particular’ dispara na corrida pelo Oscar

Filme nacional do diretor Aly Muritiba sai na frente na disputa pela vaga do Brasil na badalada cerimônia americana

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 set 2021, 15h07 - Publicado em 13 set 2021, 14h49

Exibido na Mostra Venice Days, no Festival de Veneza 2021, o filme brasileiro Deserto Particular, do diretor Aly Muritiba, conquistou no sábado, 11, o Prêmio do Público BNL. Ovacionado após sua exibição no evento, o longa ainda arrebanhou elogios na imprensa internacional e chegou a estampar uma capa especial da revista americana Variety. Tamanha visibilidade coloca a produção, ambientada entre Curitiba e o sertão baiano, na dianteira pela chance de representar o Brasil no Oscar 2022.

“Qualquer cinéfilo e admirador do cinema, que se torna um realizador de cinema, sonha, em algum momento, em concorrer ao Oscar. Faz parte do nosso imaginário”, diz Aly Muritiba a VEJA. “Não faço filmes para premiações, mas ter a oportunidade de celebrar nosso trabalho é maravilhoso. Se for na maior festa do cinema mundial, será incrível.”

A campanha está só começando. Deserto Particular ainda será exibido em outros festivais internacionais, o que deve aumentar sua popularidade. Se passar pelo crivo da Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais, que elege o filme representante do Brasil na disputa pelo Oscar, a produção, em seguida, será avaliada pela Academia de Hollywood, lado a lado com os longas indicados por outros países. Por fim, cinco títulos disputarão de fato a estatueta de melhor filme internacional da premiação.

No ano passado, o escolhido pela Academia Brasileira foi o documentário Babenco – Alguém Tem Que Ouvir o Coração e Dizer: Parou, de Bárbara Paz. A produção, infelizmente, não entrou para os indicados finais. Central do Brasil, em 1999, foi o último longa nacional a conseguir uma vaga na disputa pelo prêmio de filme internacional do Oscar – o mais recente indicado do Brasil, contando com as demais categorias, foi Democracia em Vertigem, como melhor documentário, em 2020.

Na trama de Deserto Particular, Daniel (Antonio Saboia) é um policial curitibano que se relaciona à distância com Sara, uma moça do sertão da Bahia que, de repente, para de respondê-lo. Daniel, então, cruza o país para encontrá-la.

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