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Por dentro dos camarins da Comic Con

De atores organizando filas a amamentação no stand – VEJA revela o que já rolou nos bastidores em quatro anos de CCXP

Por Maria Clara Vieira Atualizado em 11 dez 2017, 09h48 - Publicado em 11 dez 2017, 01h35

A 4ª edição da Comic Con Experience chegou ao fim ostentando mais uma bem-sucedida lista de encontros de artistas Hollywoodianos com o público brasileiro. Nomes como Will Smith, Alicia Virkander (Tomb Raider), e Danai Guanira (The Walking Dead, Pantera Negra), estão os que passaram pelo palco do evento, onde já estiveram estrelas do calibre de Evanna Lynch, Neil Patrick Harris e Natalie Dormer. Segundo os organizadores da CCXP, a presença das celebridades está entre os custos mais altos da produção – e no maior evento de cultura pop do mundo não faltam histórias curiosas envolvendo os ilustres convidados. Abaixo, alguns casos ouvidos por VEJA nos bastidores da feira:

O corredor na multidão

Logo na primeira edição da CCXP, em 2014, um cômico “imprevisto” causou um verdadeiro tumulto no evento que, por pouco, não gerou maiores complicações: a empolgação do ator Jason Momoa que, à época, era conhecido apenas pelo personagem Khal Drogo, em Game of Thrones. “Momoa é um dos caras mais pilhados que já conheci. Quando ouviu a multidão gritando seu nome, me disse que queria correr. Eu não entendi pedido e, quando me dei conta, ele tinha pulado as grades e estava literalmente correndo pelo pavilhão, no meio das pessoas”, lembra-se Pizii, que disparou atrás do astro para checar se ninguém havia se ferido com a brincadeira. “Havia dezenas de deficientes e crianças no caminho. Nós não tínhamos segurança suficiente porque não estávamos preparados para todo aquele público. A galera começou a ir atrás dele e tumultuou todo o espaço. Por sorte ninguém se machucou”, relembra.

Sean Astin, o organizado

Também em 2014, outro astro Hollywoodiano protagonizou cenas engraçadas ao lado dos inexperientes organizadores. As filas para autógrafo e foto foram organizadas pelo próprio Sean Astin – estrela de O Senhor dos Aneis e, este ano, de Stranger Things. “A logística estava terrível. Astin pediu uma tradutora e começou a explicar onde devíamos marcar as linhas. Ainda hoje usamos o método que aprendemos com ele”, conta o CEO Pierre Mantovani, que viajou até Los Angeles para convidar o ator para a primeira edição. “Naquele ano, tivemos que trazer alguns artistas pela mão, pois o Brasil não transmite segurança. O boca-a-boca entre os agentes e artistas facilitou o processo com o passar dos anos”, disse.

Bebê no camarim

“Em 2014, quando Evangeline Lilly (O Senhor dos Aneis) anunciou que estava grávida, demos como certo que ela cancelaria a presença no evento”, lembra Renan. “Ela não apenas fez questão de vir com o bebê recém-nascido como fez questão de atender a todos os fãs. A solução foi montar um espaço para amamentação na parte interna do stand onde a atriz distribuía autógrafos”, contou. Os anfitriões também tiveram que disponibilizar uma equipe só para lavar as fraldas do pequeno Kahekili Kali, uma vez que a atriz dispensa fraldas descartáveis.

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O cardápio do Montanha

Este ano, a presença do ator Hafpór Júlíus Björnsson, o Montanha, de Game of Thrones, que veio substituir o colega Nikolaj Coster-Waldau, trouxe desafios para a organização. Björnsson, que já compartilhou sua dieta de 10 mil calorias por dia com o público, comeu nada menos do que um quilo de arroz e uma melancia inteira enquanto se preparava para o encontro com o público. Não bastasse o cardápio avantajado, o ator demandou mudanças de última hora na área de autógrafos – o gigante de 2,06 metros e 180 quilos simplesmente não cabia na cadeira.

Os favoritos do futuro

O sócio Renan Pizii revelou à VEJA que sua maior ambição é trazer para a CCXP o diretor Steven Spielberg. Outro nome bem cotado é o astro Robert Downey Junior. O ator, aliás, foi sondado pelos anfitriões para a segunda edição do evento, mas só a operação logística – sem contar o cachê – para ter o Homem de Ferro em terras tupiniquins era de mais de um milhão de dólares. O crescimento estrondoso do evento – de 97 para 227 mil pessoas em quatro anos – entretanto anima os sócios: fazer com que os brasileiros vejam os Vingadores ou a Liga da Justiça bem de pertinho não está fora dos planos.

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