Perícia descarta morte de Pablo Neruda por câncer
Investigação em colaboração com diversos países apontou que o poeta não morreu por doença, e dá forças as teorias de envenenamento por Pinochet
Uma equipe de especialistas anunciou que Pablo Neruda não morreu de câncer de próstata, como consta no seu atestado de óbito. Em vida, o poeta chileno sofrera da doença, mas ela não teria causado a sua morte em 1973, dias após o golpe de Estado que colocou Augusto Pinochet no poder. Desde a última terça-feira, 16, especialistas da Espanha, Estados Unidos, Dinamarca, Canadá, França e Chile compartilharam seus estudos e análises do caso em Santiago.
“A caquexia está descartada. Isso está claro”, declarou o juiz Mario Carroza, que investiga as causas do falecimento do escritor. De acordo com médico forense espanhol Aurelio Luna, a equipe chegará a uma conclusão concreta dentro de um ano.
Em 2011, uma investigação judicial foi aberta para esclarecer se o poeta morreu por causa do câncer de próstata ou foi envenenado por agentes da ditadura de Pinochet. Dois anos mais tarde, os restos mortais de Neruda foram exumados para análise.