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O clima terrível nos corredores da Record sob ataque hacker

Emissora de Edir Macedo esconde problema dos funcionários, que tentam trabalhar normalmente

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 18 out 2022, 13h55 - Publicado em 18 out 2022, 12h54

Vítima de um ataque hacker desde 7 de outubro, a Record não informou os funcionários sobre o que está acontecendo nos servidores internos da empresa, preferindo fingir que nada aconteceu. VEJA apurou que a emissora de Edir Macedo não emitiu nenhum comunicado para orientar os colaboradores, mas ordenou que algumas equipes, principalmente aquelas que alimentam o site R7, trabalhassem em home office. Na redação da TV, o clima também é de incerteza e trabalho redobrado. Como os criminosos acessaram o sistema digital da Record, limitando o acesso a certas ferramentas importantes, os funcionários responsáveis por colocar telejornais e programas no ar precisam operar de forma manual, mais lenta, refazendo conteúdo que já estava pronto e na nuvem. Com isso, boa parte dos funcionários relata exaustão.

O primeiro ataque sofrido pela Record foi sentido em 8 de outubro, quando o telejornal Fala Brasil precisou ser substituído pela série Todo Mundo Odeia o Chris porque o sistema usado para editar e transmitir o informativo foi “sequestrado” pelos hackers. A programação só voltou a ser ao vivo com o adiantamento de Escola do Amor, apresentado por Cristiane Cardoso, filha de Macedo, e seu marido, Renato Cardoso. O sinal de internet da empresa toda também acabou cortado momentaneamente na ocasião, levando à dispensa de funcionários. Na tarde daquele sábado, o Balanço Geral SP, comandado por Geraldo Luís, também foi prejudicado ao não conseguir reproduzir uma reportagem especial sobre Chacrinha (1917-1988).

Os dominicais Hora do Faro e Domingo Espetacular também tiveram problemas nos últimos dois fins de semana, além de sites da emissora terem sofrido instabilidade. Alguns grupos hackers assumiram a autoria dos ataques e exigiram 45 milhões de resgate pelo sistema digital da emissora, que não efetuou o pagamento. Dados da Record, então, foram vazados na internet como forma de ameaça.

Procurada por VEJA, a Record ainda não se manifestou sobre o assunto.

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