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No Dia do Rock, conheça 3 tendências que estão renovando o ritmo musical

Da inclusão das minorias a uma novíssima cena de guitarras distorcidas do sul de Londres, o gênero se mantém vivo e vibrante

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 jul 2020, 10h19 - Publicado em 13 jul 2020, 14h58

No dia 13 de julho de 1985, o Live Aid, um megaevento de proporções mundiais, mobilizou o mundo do rock para a tarefa de arrecadar doações para o combate à fome na África. Desde então, a data passou a ser celebrada como o Dia Mundial do Rock. O gênero musical, que no passado já foi considerado subversivo e até satanista, amansou a ponto de pipocarem aqui e ali notícias de que ele havia morrido, ou perdido sua relevância. Não, o rock não morreu. Para provar, apontamos três tendências que demonstram sua incrível capacidade de renovação e, claro, de se manter vivo:

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Diversidade e inclusão

É o encontro de diferentes culturas, estilos e pessoas que faz o rock se renovar e, eventualmente, se transformar em algo novo. No futuro, a tendência é que não existam mais rótulos de músicas feitas por negros, mulheres ou trans. Tudo é música, e ponto. Esse movimento já é observado nos lineups dos principais festivais do mundo. No rock uma das pessoas mais conhecidas é Thomas James Gabel, da banda de punk Against Me!, que mudou de sexo e de nome para Laura Jane Grace e desde 2016 segue em carreira com o grupo The Devouring Mothers. Outro exemplo é o cantor luso-canadense Lucas Silveira, fundador da banda The Cliks e o primeiro homem transgênero a assinar com uma grande gravadora.

Defesa de novas causas

No passado, as bandas de rock usavam sua influência e ampla penetração entre os jovens para ditar moda, tendências e falar sobre política. Essa vocação continua nos dias de hoje, mas as causas foram atualizadas para problemas urgentes como meio-ambiente, democracia e liberdade de expressão. O novo álbum do Pearl Jam, Gigaton, por exemplo, alerta para o aquecimento global e as causas ambientais. No Brasil, o Baiana System fala sobre a especulação imobiliária desenfreada, enquanto o Francisco El Hombre deixa claro seu ativismo político.

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Ressurreição do rock de garagem

Aquele som cru, sujo e cheio de distorção, popularizado como o bom e velho “rock de garagem”, está de volta com sua vocação inata para revelar novos talentos. Capitaneado pelo selo Speedy Wunderground, uma nova cena de rock de garagem está surgindo no sul de Londres, segundo uma reportagem do jornal britânico Independent. Grupos como Black Midi, Squid, Black Country e New Road estão fazendo uma mistura que remete a Talking Heads, King Crimson, The Dall e Sonic Youth, sem, no entanto, soar como nenhuma delas. “Todas são completamente destemidas”, diz um dos donos do selo musical. O rock, afinal, continua vivo, produzindo novas coisas e sem perder o frescor da juventude.

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