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Museu britânico Tate corta 120 empregos por sufoco nas contas

Em 2020, a instituição nacional de arte moderna do Reino Unido amargou uma perda de 56 milhões de libras

Por Tamara Nassif 3 dez 2020, 15h37

Tate, o museu nacional de arte moderna do Reino Unido, anunciou 120 novas demissões entre as equipes de suas quatro galerias como parte de uma medida emergencial de corte de gastos, estimada em 4,8 milhões de libras esterlinas. Severamente afetada pela pandemia do novo coronavírus, a organização espera que as demissões sejam voluntárias – ao contrário do que fez em agosto, quando dispensou 295 pessoas da equipe do Tate Enterprises Ltd, seu braço comercial que abrange cafés, restaurantes e lojas em galerias.

“Nós agora precisamos fazer o que tantos outros em nosso setor estão fazendo, que é reduzir o tamanho da força de trabalho”, disse a organização em comunicado. “Esperamos que esse processo voluntário nos ajude a fazer economias significativas, mas não podemos descartar a possibilidade de demissões compulsórias em 2021 para atender ao nível necessário de reduções.”

Tate, cujas quatro galerias Tate Liverpool, Tate St. Ives, Tate Britain e Tate Modern – estas últimas sediadas em Londres – figuram entre os gigantes da arte moderna mundial, foi alvo de protestos quando anunciou o primeiro grande corte em seu quadro de funcionários, em agosto. No mês seguinte, uma carta aberta assinada por mais de 300 artistas, incluindo nomes vencedores do prêmio de artes visuais Turner, se postou à favor de uma greve geral de trabalhadores da Tate, exigindo que 10% das 7 milhões de libras, concedidas pelo governo como apoio financeiro, fossem usadas para preservar empregos na organização.

Com expectativa de somar 1 milhão de visitantes em 2020 – um número muito aquém dos esperados 8 milhões –, Tate amarga uma perda de 56 milhões de libras em renda auto-gerada. “Para cada 10 libras que esperávamos ganhar este ano, recebemos apenas 4”, disse o comunicado.

A organização artística ainda disse: “Reduzir nossa força de trabalho é uma medida que tomamos com muita relutância. O conhecimento, a experiência e a paixão de nossos colaboradores são o coração de nosso sucesso. No entanto, nós não temos outra escolha, dado o impacto da pandemia em nossas finanças.”

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