Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Semana Cliente: Revista em casa por 7,50/semana

Morre Niède Guidon, arqueóloga pioneira do Brasil, aos 92 anos

A pesquisadora foi responsável por desvendar segredos do homem pré-histórico e pela fundação do Parque Nacional da Serra da Capivara

Por Thiago Gelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2025, 10h01 - Publicado em 4 jun 2025, 09h52

A arqueóloga Niède Guidon morreu na madrugada desta quarta-feira, 4 de junho, aos 92 anos. Pesquisadora emblemática, ela se formou em história em 1959 e se especializou em arte rupestre na Sorbonne entre 1961 e 1962, qualificação que aplicou em escavações que deram origem ao Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí, em 1978. Lá, ficam mais de 800 sítios pré-históricos, 600 dos quais apresentam registros pictóricos, alguns deles os mais antigos ainda preservados no Brasil.

Com evidências encontradas em escavações e pesquisas, Niède defendeu que o povoamento do continente americano teria ocorrido há mais de 50.000 anos, provocando a crença popular de que o fenômeno teria sido mais recente, há meras 15.000 voltas ao Sol. Suas hipóteses continuam a provocar debate dentro da comunidade científica e centralizam o país em questões do homem pré-histórico. Para além dos trabalhos com o parque, Niède fundou o Museu do Homem Americano, em São Raimundo Nonato, e se tornou presidente emérita após sua aposentadoria em 2020, aos 87 anos, motivada por sequelas da chikungunya que afetavam suas articulações.

A nota de luto do Museu do Homem Americano descreve Niède como mais do que cientista e “uma incansável defensora da preservação do patrimônio cultural e natural do país”. De acordo com a instituição que é parte de seu legado, a arqueóloga lutou por décadas junto a sua equipe para garantir investimentos e infraestrutura, apesar do descaso do governo federal. “Sua trajetória é marcada pela paixão, pela persistência e por uma visão generosa da ciência como instrumento de transformação social. Graças ao seu trabalho, milhares de estudantes, pesquisadores e moradores da região foram impactados e a Serra da Capivara se tornou um símbolo de nosso passado mais remoto”, aponta a publicação.

Para além do Museu do Homem Americano, as descobertas de Niède também estimularam a fundação do Museu da Natureza na mesma região. Idealizada por ela em 2002, a instituição só teve financiamento para construção em 2017, sem correção monetária referente aos 15 anos de intervalo. Em entrevista em 2018, ela frisou a VEJA: “A melhor forma de preservar é trazer mais turistas e desenvolver a região“.  Niède deixa para os que ficam um patrimônio público nacional altruísta e inestimável.

Continua após a publicidade

Acompanhe notícias e dicas culturais nos blogs a seguir:

  • Tela Plana para novidades da TV e do streaming
  • O Som e a Fúria sobre artistas e lançamentos musicais
  • Em Cartaz traz dicas de filmes no cinema e no streaming
  • Livros para notícias sobre literatura e mercado editorial
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

OFERTA RELÂMPAGO

Digital Completo

A notícia em tempo real na palma da sua mão!
Chega de esperar! Informação quente, direto da fonte, onde você estiver.
De: R$ 16,90/mês
Apenas R$ 1,99/mês
ECONOMIZE ATÉ 41% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 7,50)
De: R$ 55,90/mês
A partir de R$ 32,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.