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Mario Vargas Llosa, escritor e Nobel da Literatura, morre aos 89 anos

Segundo o filho do autor, não haverá cerimônia pública e seus restos mortais serão cremados

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 abr 2025, 22h58 - Publicado em 13 abr 2025, 22h08

O escritor peruano e prêmio Nobel de Literatura em 2010, Mario Vargas Llosa, morreu neste domingo, 13, em Lima, no Peru. A notícia foi confirmada por seu filho, Álvaro. “É com profundo pesar que anunciamos que nosso pai, Mario Vargas Llosa, faleceu hoje em Lima, cercado pacificamente por sua família”, escreveu nas redes sociais. Segundo o filho, não haverá cerimônia pública de despedida e os restos mortais serão cremados. O filho também falou sobre o legado do pai. “Sua partida entristece seus parentes, amigos e seus leitores ao redor do mundo, mas nos consola saber que ele teve uma vida longa, múltipla e frutífera, e deixa atrás de si uma obra que o sobreviverá.”

Nascido na cidade de Arequipa, no sul do Peru, em 28 de março de 1936. Em 1959, mudou-se para Paris, mesmo ano em que começou a carreira literária, quando publicou o primeiro livro, Os Chefes, que lhe rendeu o prêmio Leopoldo Alas. Com sua obra, Llosa traduziu a realidade social da América Latina em obras-primas como A Cidade e os Cachorros (1963). Três anos depois, lançou A Casa Verde (1966) e logo depois Conversa Na Catedral (1969).

Ao longo da carreira, teve suas obras traduzidas para 30 idiomas e ganhou o Nobel de literatura em 2010. Segundo a justificativa da Academia, o prêmio foi concedido por sua “cartografia das estruturas de poder e suas imagens vigorosas sobre a resistência, revolta e derrota individual”.

Em 1990, o escritor se candidatou à presidência do Peru, mas perdeu para o desconhecido Alberto Fujimori. Nos últimos anos, se posicionou à direita do espectro político publicando opiniões contundentes sobre o populismo de esquerda da América Latina e críticas ao presidente Lula.

Em entrevista às Páginas Amarelas de VEJA, em 2020, o escritor falou sobre o livro que lançava à época: Tempos Ásperos, sobre o golpe de Estado que derrubou um governo democraticamente eleito na Guatemala, em 1954, com apoio dos Estados Unidos. “Hoje, os Estados Unidos são mais respeitosos com a América Latina, e inclusive têm interesse econômico no progresso da região. Os tempos mudaram”, falou. Llosa falou ainda sobre o fim das aspirações políticas. “Me vi empurrado a ser candidato por ter presidido um movimento contra a nacionalização dos bancos e companhias financeiras. Isso me empurrou a aceitar a candidatura, mas nunca quis ser nada mais que um escritor.”

https://x.com/AlvaroVargasLl/status/1911575930884997187

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