Humorista Evandro Santo relata que foi agredido após show em Marília
Agressor havia participado espontaneamente de uma brincadeira no palco, que terminou com um 'selinho' do artista
O humorista Evandro Santo, que trabalhou no programa Pânico por 11 anos, e se tornou conhecido com o personagem Christian Pior, relatou neste sábado, 19, pelo Instagram, que foi agredido por um integrante da plateia do show de stand-up comedy que fez na noite de ontem, na cidade de Marília, no interior de São Paulo.
Segundo Evandro, ele convidou pessoas do público para subir ao palco e participar de um quadro chamado ‘Tinder humano’. No decorrer da brincadeira, os participantes ganharam um selinho dele, como geralmente acontece.
“Quando pedi um rapaz solteiro, na hora um rapaz chamado Pedro se prontificou a subir [no palco] para fazer o Tinder com outra moça, que sempre pode acabar em um ‘beijo’ ou ‘selinho’. Ele super aceitou bem, fez o Tinder, ganhou um selinho meu, deu risada, assim como a moça ganhou um [selinho] meu e deu risada. Saiu do palco de boa”, descreveu o humorista.
Depois disso, Evandro afirma que pediu 10 minutos de pausa e foi ao banheiro. Lá, foi surpreendido pela chegada de Pedro, o rapaz que havia participado da brincadeira. O artista relata que, sem mais nem menos, o rapaz lhe deu um soco. “Tanto a boca quanto o nariz sangraram”, relatou o humorista pela rede social. Os assessores de Evandro confirmaram o relato e acrescentaram que o agressor chegou perto do humorista junto com o pai, e que o pai o teria incentivado a bater no artista.
Processo
Em seu relato no Instagram, Evandro conta que, depois do ocorrido, saiu chocado do local e foi direto para o hotel. “Não apanho desde os 13 anos de idade, por qualquer motivo”, disse. Ele afirma que, ao acordar neste sábado, pensou em deixar o caso para lá e voltar para casa, mas decidiu ir à delegacia e registrar um boletim de ocorrência por agressão e homofobia. Evandro é homossexual assumido.
A tentativa foi frustrada, segundo seu assessor Lucas Alves. Ao chegar à unidade policial em Marília nesta manhã, o artista foi informado que teria de esperar cerca de quatro horas para fazer a queixa. Instruído por seu advogado, Evandro decidiu registrar a ocorrência na capital paulista. “Vou até o fim com todos os processos possíveis”, escreveu Evandro em outra mensagem. “Em nome do respeito ao próximo, à não violência do próximo e à anti-homofobia. Vou agora na delegacia e vou atrás dos meus direitos. Enfim, vida que segue”, concluiu.