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‘Fiz muito pelas mulheres’, diz Weinstein, acusado de assediar mais de 70

Internado em um hospital em Nova York, o ex-produtor disse em entrevista que seu pioneirismo em ajudar o público feminino foi esquecido pelo cinema

Por Redação
16 dez 2019, 12h47

Com julgamento marcado para o dia 6 de janeiro, por estupro, agressões e abusos sexuais, o ex-produtor de cinema Harvey Weinstein disse em entrevista ao jornal americano The Washington Post que é um “cara esquecido” pela indústria do cinema e que fez “mais a mulheres do que qualquer pessoa”.

“Eu fiz mais filmes dirigidos por mulheres e sobre mulheres do que qualquer outro produtor, e isso foi há 30 anos. Não foi agora, que é moda. Eu fiz isso antes, fui pioneiro”, afirmou.

Harvey usou alguns exemplos para embasar seu comentário. Disse que fez a atriz Gwyneth Paltrow ganhar 10 milhões de dólares pelo filme Voando Alto, em 2003. Ela, aliás, é uma das 70 mulheres que acusam o produtor de assédio sexual. Ele também afirmou que merece crédito pela indicação ao Oscar de melhor atriz para Felicity Huffman em Transamerica, em 2005, já que ele foi quem a selecionou para o papel da transexual Sabrina Osbourne.

“Meu trabalho [promovendo mulheres] foi esquecido. “Eu quero que essa cidade me reconheça por quem eu era, não por quem eu me tornei”, disse o ex-produtor que está atualmente internado em um hospital em Nova York.

O julgamento do ex-produtor ocorreria em setembro deste ano, porém, uma terceira mulher aceitou testemunhar contra ele, além das duas que já o acusam formalmente, o que o fez ser adiado para o início de 2020. A advogada Gloria Allred confirmou que a promotoria pediu a sua cliente, Annabella Sciorra, atriz famosa pelo filme A Mão que Balança o Berço (1992), que fosse testemunha no julgamento de Weinstein.

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Além desse caso, Harvey Weinstein é acusado de crimes sexuais por mais de 70 mulheres. De acordo com a imprensa americana, pelo menos 30 das supostas vítimas chegaram a um acordo financeiro com o produtor e não seguirão com as acusações, caso a alternativa seja aceita pela Justiça. O ex-produtor irá desembolsar cerca de US$ 25 milhões. Caso seja condenado, o ex-produtor pode pegar prisão perpétua.

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