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Fim de sigilo no caso Johnny Depp traz novas revelações cabeludas

Justiça americana levantou o segredo sobre diversos fatos utilizados pelas partes no julgamento, trazendo à tona novos detalhes sobre a vida de ambos

Por Marcelo Canquerino 1 ago 2022, 17h32

Documentos oficiais da batalha judicial entre Johnny Depp e Amber Heard foram deslacrados e revelaram novos segredos envolvendo o julgamento que tomou os noticiários nos últimos meses. Segundo o site americano The Daily Beast, que teve acesso a mais de 6 000 páginas, a equipe de Heard alegou, em documentos pré-julgamento, que a atriz teve perdas financeiras na faixa de 47 a 50 milhões de dólares em um período de 3 a 5 anos em função de declarações difamatórias feitas pelo ex-marido. Sobre a carreira de Amber, os advogados argumentaram que sua estatura como atriz era “comparável” à de nomes como Zendaya, Gal Gadot, Ana de Armas, Chris Pine e Jason Momoa – este último, seu colega de trabalho no filme Aquaman.

Outra alegação contida nos documentos recém-liberados do sigilo era a de que Heard abriu mão de “dezenas de milhares de dólares” quando se recusou a aceitar parte do cachê que Johnny Depp recebeu pelo filme Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar. O quinto longa da franquia de sucesso foi filmado quando os dois ainda eram casados, o que tornou a produção um “ativo de propriedade comunitária”, dando à atriz direito a metade da renda obtida. Nos Estados Unidos, com algumas variações por estado, todos os bens adquiridos durante um casamento pertencem ao casal igualmente. Amber Heard não aceitou o dinheiro enquanto estava se divorciando.

Ainda segundo o The Daily Beast, a equipe de Johnny Depp lutou para manter o nome de Marilyn Manson fora dos tribunais, alegando que “referências e evidências sobre Manson” iriam “manchar o Sr. Depp ao suscitar uma tese de ser culpado por associação”. Enquanto isso, o lado de Amber afirmou que os advogados do ator queriam usar no julgamento uma série de questões pessoais envolvendo a ex. A equipe da atriz solicitou à juíza que descartasse esta possibilidade. Dentre as “evidências” que o ator queria usar estavam: fotos nuas de Amber Heard; um vídeo de reality show de Whitney, irmã de Amber; relacionamentos amorosos passados das duas; a passagem da atriz como dançarina exótica anos antes de conhecer Depp; e as insinuações do ator de que Heard já fora uma acompanhante. 

No dia 1º de junho, a batalha judicial entre o ex-casal chegou ao fim. Amber Heard foi condenada a pagar 10,35 milhões de dólares a Jonhhy Depp após o júri considerar que ela o difamou em um artigo publicado no Washington Post em 2018 sobre violência doméstica. O ator também foi condenado a pagar 2 milhões de dólares em danos compensatórios à ex-mulher, por ela ter venmcido uma das ações movidas contra ele durante o processo. No início do mês de julho, Heard apelou da decisão e pediu anulação da sentença.

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