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Filme sobre ‘cura gay’ não será lançado no Brasil; personagem cita censura

'Boy Erased' conta a história de Garrard Conley, filho de um pastor que foi submetido à suposta terapia de reversão; ele questionou decisão no Twitter

Por Redação
Atualizado em 7 fev 2019, 14h56 - Publicado em 3 fev 2019, 21h17

Previsto para estrear no final de janeiro no Brasil, o drama Boy Erased – Uma Verdade Anulada não será mais lançado nos cinemas do país. O anúncio foi feito discretamente pela Universal Pictures pelo Twitter, em resposta à pergunta de um usuário, que notou a ausência do filme entre as estreias.

“Oi, Felipe. Infelizmente esse filme não será mais lançado pela Universal Pictures aqui no Brasil”, informou a distribuidora na rede social. Fãs que aguardavam pela estreia do longa, que traz Lucas Hedges, Nicole Kidman e Joel Edgerton (que também dirige o drama) no elenco, ficaram indignados e começaram a levantar a hipótese de censura.

O filme se inspira nas memórias de Garrard Conley (renomeado “Jared Eamons” para o filme), o filho de um padre norte-americano que foi submetido a um processo de “cura gay” organizado pela Igreja.

Conley, ao saber do cancelamento do longa nos cinemas brasileiros, foi ao Twitter lamentar e classificou o ato como “censura”. “Boy Erased foi censurado no Brasil”, declarou o autor. “Eu tinha a sensação de que isso aconteceria e é tão triste que esse tipo de coisa esteja acontecendo num país tão maravilhoso”.

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Depois, ele apagou o tuíte e postou outro, no qual diz que há uma grande confusão sobre o lançamento do filme no Brasil e que o fato ainda está sendo apurado.

Conley
(Reprodução/Reprodução)

Além do escritor, o ator Kevin McHale, da série Glee, também comentou publicamente a notícia e ainda citou o presidente brasileiro como culpado: “É assim que começa, Boy Erased acabou de ser banido no Brasil. Bolsonaro é perigoso e é uma ameaça à comunidade LGBTQ+ no Brasil. Censurar um filme sobre os riscos da terapia de conversão é apenas o início”.

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O cancelamento de filmes com data marcada para chegar aos cinemas, contudo, não é raro e frequentemente acontece por motivos econômicos, mais do que políticos. Foi o que alegou a distribuidora, em nota oficial, lembrando que esse não foi o único longa da marca a sair do calendário de 2019.

“A Universal Pictures não lançará Boy Erased nos cinemas única e exclusivamente por uma questão comercial, baseada no custo de campanha de lançamento versus estimativa de bilheteria nos cinemas”, diz o comunicado. “Bem-vindos a Marwen, também previsto para este ano, não será lançado pelo mesmo motivo”.

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A razão para o anúncio ter sido feito tão perto da data de lançamento pode estar ligada à divulgação da lista de indicados ao Oscar 2019. Boy Erased – Uma Verdade Anulada concorreu a dois Globos de Ouro, pela atuação de Lucas Hedges e pela canção original Revelation. Portanto, era possível que o filme fosse indicado também ao prêmio da Academia, o que impulsionaria sua carreira nos cinemas nacionais. Como isso não aconteceu, o lançamento foi restrito ao mercado de home video.

Bolsonaro comenta o caso

Na noite deste domingo, Jair Bolsonaro se pronunciou sobre o assunto em sua conta no Twitter. “Fui informado de que um ator americano está me acusando de censurar seu filme no Brasil. Mentira! Tenho mais o que fazer”, declarou o presidente.

twitterbolso
(Twitter/Reprodução)

 

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