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Familiares de James Brown querem nova investigação sobre morte do cantor

Canal CNN levantou a hipótese, em uma série de reportagens, de que o músico tenha sido assassinado

Por Redação
6 fev 2019, 17h00

Passada mais que uma década da morte de James Brown por causas naturais, onze pessoas pediram uma nova investigação policial sobre o óbito, incluindo LaRhonda Pettit, uma das filhas da lenda do soul, segundo a CNN. Em uma série de reportagens, o canal também levantou a hipótese de que o cantor tenha sido assassinado. A rede de televisão entrevistou cerca de 140 pessoas, incluindo o médico legista Marvin Crawford, que assinou o atestado da morte do cantor, por parada cardíaca na manhã de Natal de 2006, quando Brown tinha 73 anos.

O médico declarou que estranhou na época a rápida deterioração do cadáver do músico, e que nunca acreditou que o paciente morrera de causas naturais. Ele contou ainda que nas horas que se seguiram à morte de Brown, recomendou uma autópsia. Mas Yamma Brown, outra filha, desautorizou o procedimento. Questionada sobre essa decisão pela CNN, ela não ofereceu uma explicação. A apuração também recuperou testes forenses e mensagens de texto para sustentar a série jornalística, que, de tão longa, foi dividida em três episódios e intitulada The Circus Singer and the Gothfather of Soul.

A investigação teve início em 2017 a partir de denúncia de Jacque Hollander, a circense do título e principal fonte da matéria assinada por Thomas Lake. Ela procurou a emissora munida de documentos que levantam a suspeita desse e também do assassinato da terceira mulher do cantor, Adrienne Lois Brown, morta em 1996, aos 46 anos, enquanto se recuperava de uma cirurgia plástica. 

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Em 2017, um policial que investigou a morte de Adrienne mostrou à CNN um caderno entregue a ele por uma fonte anônima. Nas anotações, a fonte afirma que um médico chegou a confessar que tinha assassinado Adrienne com uma dose fatal de drogas. O canal de TV encontrou e entrevistou o médico, que negou a acusação.

Hollander trabalhou com Brown nos anos 1980. Ela contou à CNN ter sido estuprada por ele em 1988 e, embora não tenha denunciado na época, passou a reunir evidências do comportamento do pop star. Com isso, ela acabou por reunir peças que levam a crer que Brown e sua terceira mulher tenham sido assassinados. Ainda na reportagem, Lake afirma que a coleção de evidências reunidas e guardadas pela artista é a mais completa com que já se deparou em uma investigação em dezoito anos de carreira. “Ela é praticamente uma colecionadora. Tem mais de uma dúzia de caixas de papeis, fotografias, fitas de áudio, fitas de vídeo e outros artefatos relevantes”, escreveu o repórter.

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