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Fabio Assunção faz acordo para doar lucro de música que leva o seu nome

Ator anunciou acerto com o grupo La Furia para destinar ganhos com a canção a instituições que ajudam dependentes: 'Quero todo mundo bem'

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 23 jan 2019, 11h34 - Publicado em 22 jan 2019, 19h13

O ator Fabio Assunção usou seu Instagram para anunciar um acordo firmado por ele e os compositores da música Fabio Assunção, do grupo La Furia, anunciando que a arrecadação com a canção irá para uma instituição de apoio a dependentes químicos. A música traz o seguinte trecho: “Hoje eu vou beber / Hoje eu vou ficar loucão / Hoje eu não quero voltar pra minha casa não / Hoje eu vou virar o Fabio Assunção”.

“Antes de qualquer coisa, eu preciso falar com as pessoas que passam pelo mesmo problema que eu. Eu não endosso, de maneira nenhuma, essa glamourização ou zoeira com a nossa dor. Minha preocupação é com quem sente na pele a dor de ser quem é. Com as suas famílias”, disse o ator. Fabio explica por que entrou em contato com o grupo: “Entre não censurar e deixar de conscientizar, existe um abismo que não me conforta”.

Segundo ele, 100% dos valores arrecadados com a música serão doados para duas instituições, sem divulgar quais. “Lembrem que o Fabão aqui respeita a zoeira, ama a brincadeira, mas quer vocês bem e vivos! Fortes, felizes e conscientes de seus atos e de suas vidas”, afirmou.

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Transcrição do vídeo Oi Gente… eu não pretendia tornar esse assunto público por vários motivos, mas a imprensa resolveu comentar e os meninos foram bem generosos fazendo o video deles explicando nosso acordo sobre a música Fabio Assunção. Antes de qualquer coisa eu preciso falar com as pessoas que passam pelo mesmo problema que eu, cada um está nesse momento em um estágio, mas nossa natureza é a mesma. Eu não endosso, de maneira nenhuma, essa glamourização ou zueira com a nossa dor. Minha preocupação é com você que sente na pele a dificuldade e a complexidade dessa doença. Minha vontade é que você tenha sempre um diálogo aberto e encontre um lugar de afeto com sua família, amigos e com a sociedade brasileira e assim merecer respeito e direito a um tratamento digno. Jamais me passou pela cabeça censurar a arte do autor e seus intérpretes, mesmo quando vi o tamanho e o sucesso q a música alcançou. Somos artistas e torço muito para que vocês conquistem cada vez mais fãs. Conheço também a luta do artista no Brasil e torço para que vocês prosperem. Mas não censurar não significa que não existe aqui uma oportunidade de conscientizar. 15% das pessoas do mundo tem problemas de adicção. É muita gente sofrendo por não conseguir controlar suas compulsões e eu acho importante lembrar a todos que isso não tá escrito na certidão de nascimento. Todo mundo começa do mesmo jeito. Achando que tudo bem. E pode não terminar tudo bem. Foi pensando nisso q eu, minha equipe de comunicação e o corpo jurídico que me atende, decidimos entrar em contato com os meninos e tornar essa história um ato propositivo de ajuda a quem precisa e de conscientização geral. 100% dos valores arrecadados com a música serão doados para as instituições A e B que vamos informar posteriormente como um ato irmanado entre quem sente essa dor e quem tem voz para ampliar a conscientização. Nós não somos super heróis. Cuide de vc, cuide de quem vc ama, cuide dos seus amigos nas festas. Seja responsável pelo todo. Lembrem q eu aqui respeito a zueira, amo a brincadeira, mas quero todo mundo bem, forte, feliz e consciente de seus atos e de sua vida. A luta é essa. Tamo junto. @gabrielbartz @brunomagnatareal

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Bruno Magnata, um dos integrantes da La Furia, também publicou um vídeo sobre o assunto. “O próprio Fabio Assunção, de quem eu sou fã, nos procurou, de forma muito madura, construtiva e conversou numa boa com a gente”, disse. “Em momento algum ele falou de ‘travar’ a música, colocar na Justiça, nem nada. Ele só pediu pra gente se juntar com ele e defender uma causa contra a dependência química e o álcool exagerado.”

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“Quando a gente fala disso, deixa de ser uma brincadeira pra falar de uma coisa séria. A música fala de uma coisa que afeta muita gente. Mais de 200 milhões de pessoas no mundo passam por essa dificuldade”, continuou.

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