Ex-apresentadora do SBT desanca Silvio Santos: ‘É para os fortes’
'Tem que ter estômago e ser forte para aguentar', desabafou Mariane Dombrova
À frente do programa Dó-Ré-Mi-Fá-Sol-Lá-Si no SBT, nos anos 1990, Mariane Dombrova aparecia sempre sorridente no ar. Nos bastidores, no entanto, o humor era outro. Em entrevista ao Programa do Porchat, da Record, na noite desta quinta-feira, Mariane, que participou do talk-show ao lado da ex-colega Jackeline Petkovic, ex-Bom Dia & Cia. e ex-Fantasia, desancou o empresário Silvio Santos, seu antigo patrão.
“Tem que ter estômago e ser forte para aguentar”, disse a ex-apresentadora, que foi demitida do SBT depois de cortar o cabelo no estilo “Joãozinho”. Segundo Mariane, Silvio manda e desmanda no canal, e ter um contrato assinado com o SBT não é garantia de nada.
A conversa se concentrou em Silvio Santos depois do humorista Fábio Porchat querer saber se ele é “maluco”. Mariane foi a primeira a responder, com um sonoro sim. “Agora está um pouco pior”, completou. “Ele sempre teve esse jeito de gerenciar a própria emissora, que é o filho dele. Ele vai morrer ali. Não interessa contrato: se ele quer, coloca, se não quer, tira. E muda de uma hora para outra. Tem que ter estômago e ser forte psicologicamente para aguentar.”
Ela disse ter sido demitida de repente, sem maiores explicações. Por coincidência — ou não — havia acabado de adotar um corte bem curto de cabelo. “Fiquei rebelde, me deu 5 segundos e cortei. Além do meu programa, eu participava do programa do Silvio toda semana. Quando ele me viu, nem cumprimentou, me ignorou. Gravei mais uma semana e, no dia do meu aniversário, veio um telegrama com minha demissão. Pode ser que usaram o pretexto do cabelo para me mandar embora”, contou.
Jackeline Petkovic de certo modo confirmou a relação de Silvio Santos com o cabelo das suas contratadas. Ela disse que, quando trabalhava no Fantasia, programa em que estreou na TV, recebia bilhetinhos do apresentador mandando que cortasse o cabelo. Símbolo trash dos anos 1990, o Fantasia, segundo Jackeline, tinha um orçamento paupérrimo. “Era preciso ser criativo.”