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Em fotos ousadas, Madonna volta a provar que faz o que quer

Quanto mais o tempo avança, mais a cantora de 63 anos mostra que passar dos limites sempre foi seu forte

Por Duda Monteiro de Barros Atualizado em 4 jun 2024, 12h25 - Publicado em 19 mar 2022, 08h00

Ela poderia estar com a vida feita. Mas, para Madonna, sempre há um pouco mais a avançar, de preferência com impacto, polêmica e milhões de comentários. Aos 63 anos, preparando-se para celebrar quatro décadas de lançamento do primeiro álbum (que, no longínquo 1983, ainda era conhecido por disco), a cantora americana intensificou nos últimos tempos uma de suas marcas registradas: as fotos cheias de ousadia. No seu movimentadíssimo Instagram, vira e mexe ela se exibe com quase nenhuma roupa, os seios mal cobertos pelos longos cabelos loiros. Ou não: em ensaio recente, uma foto expunha em primeiro plano o bumbum impecável envolto em uma meia arrastão e em outra, recostada em uma cama amarfanhada, aparecia com um peito nu. A rede social, que não admite mamilo à mostra nem em estátua grega, foi implacável: tirou a imagem do ar. Madon­na, repostou, com providenciais emojis e muita indignação: “É espantoso vivermos em uma cultura que permite mostrar cada milímetro do corpo da mulher, mas não o mamilo”. Choveram comentários, contra e a favor — do jeito que Madonna gosta.

Além do corpo preservado à custa de dieta, ginástica, dança e tudo que a medicina estética oferece, a cantora também prima em publicar closes de seu rosto perpetuado nos traços de menina de 20 anos, com sobrancelhas arqueadas, lábios grossos e pele totalmente desprovida de rugas ou marcas de expressão. Não se sabe quais e quantas intervenções já alisaram aquela face. O único procedimento admitido publicamente é a aplicação de Botox — em 2020, em plena pandemia e com a população do planeta isolada em casa, Madonna escreveu no fiel Instagram: “Certeza que o Botox já derreteu”. E mais adiante: “O que você faz quando seu dermatologista está de quarentena? Fica com a testa enrugada”.

Além da agulha e do bisturi, a mulher de traços exageradamente perfeitos mostrada em seu perfil lança mão, sem economizar, de todos os filtros capazes de operar milagres no visual virtual. Sem jamais abandonar as luvas, muitas luvas, porque para a idade das mãos não há disfarce. O passar dos anos aparece, ainda que bem amenizado, quando sai para jantar, ou visita a exposição do pintor iniciante Rocco, mas essas ocasiões são rápidas e espaçadas. Teria ela perdido a noção da realidade, se tornado obcecada pela aparência, mergulhado na dismorfia, um transtorno psicológico? Pode até ser, e acusações nesse sentido fervilham nas redes. Impávida, Madonna segue postando e desafiando o mundo.

Provocar, aliás, sempre foi seu verbo preferido. A menina nascida e criada em família católica nos arredores de Detroit, no estado de Michigan, ao norte dos Estados Unidos, que perdeu a mãe aos 5 anos e foi realmente batizada Madonna, já apareceu em vídeo seduzindo santos, se masturbando e simulando fazer sexo, já teve romance com mulheres, já beijou Britney Spears na boca e, dos 50 em diante, só namora rapazes na casa dos 20 anos, pescados de sua trupe de bailarinos — o atual, o americano Ahlamalik Williams, tem 28, três a mais do que a filha mais velha da cantora, Lourdes. Boa de briga, ela milita na defesa dos gays, das mulheres e da liberdade sexual. Quando não está pavoneando sua juveníssima aparência, inunda as redes com fotos da família: além de Lourdes, que teve com seu então personal trainer, Carlos Leon, e de Rocco, com o ex-marido Guy Ritchie, adotou quatro crianças do Malaui, na África. Tem fama de mãe brava, que impõe limites para tudo.

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Disciplinada e autocentrada, Madonna exerce total controle sobre sua carreira, suas metamorfoses — da garota rebelde com o célebre sutiã pontudo de Jean-Paul Gaultier a Madame X, de cabelo platinado e tapa-olho — e até seus escândalos, primando em transformar suas controvérsias e contradições em arte. A receita tem dado certo: é a artista-solo que mais faturou em turnês e, entre as mulheres, a cantora que mais vendeu discos (300 milhões) e a que mais frequentou as listas das dez canções mais ouvidas em toda a história. No momento, dá ordens na seleção de artistas para um filme sobre sua vida, do qual escreveu o roteiro e o qual vai dirigir, e participa ativamente do projeto da gravadora Warner de relançar toda a sua discografia. E, conforme foto devidamente postada no Instagram, acaba de fazer a quarta tatuagem — um diagrama da Árvore da Vida da cabala judaica, da qual é aluna dedicada há décadas. Não tem mais idade para isso? Até parece.

Publicado em VEJA de 23 de março de 2022, edição nº 2781

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