Editoras se recusam a publicar livro de memórias de Woody Allen
Cineasta foi acusado de ter abusado da filha adotiva, Dylan Farrow, quando ela tinha 7 anos
Depois de ser esnobado por produtores e atores, agora é a vez das editoras não se mostrarem interessadas em publicar o livro de memórias do cineasta americano Woody Allen. Segundo o jornal The New York Times, executivos de quatro grandes editoras se recusaram a publicar o manuscrito enviado pelo agente do diretor – alguns sequer leram o texto.
Allen foi alvo de acusações por parte de sua filha adotiva, Dylan Farrow, que alega ter sido abusada sexualmente pelo pai quando tinha apenas 7 anos. O cineasta foi inocentado após a investigação, mas Dylan se manteve firme sobre o caso, sendo apoiada pela mãe, Mia Farrow, e pelo irmão, Ronan. O caso foi retomado no auge do movimento #MeToo, que denuncia casos de assédio e abuso em Hollywood. O cineasta sempre negou as acusações.
Após a denúncia, vários atores se declararam arrependidos de terem trabalhado com o diretor, como Greta Gerwig, Ellen Page, Evan Rachel Wood, Michael Caine e Colin Firth. Allen também enfrentou problemas com patrocínios e parceiros – seu 48º filme, A Rainy Day in New York, teve sua estreia cancelada pela Amazon. A empresa confirmou que rompeu seu compromisso de financiar quatro produções, no total de 68 milhões de dólares, justificando sua decisão pelas “repetidas acusações” contra o diretor e suas “declarações controversas”.