Namorados: Assine Digital Completo por 5,99

‘Dois Irmãos’ tem adaptação sensível e poética na Globo

Livro de Milton Hatoum foi transformado em minissérie por Maria Camargo e Luiz Fernando Carvalho

Por Meire Kusumoto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 9 jan 2017, 23h31

Afeito a levar obras literárias para as telas, o diretor Luiz Fernando Carvalho não decepciona com Dois Irmãos, minissérie em dez episódios que estreou nesta segunda-feira, na Globo, baseada no livro de Milton Hatoum. Parceiro de Maria Camargo, responsável pelo texto, na empreitada, Carvalho volta a exibir seu estilo teatral, sensível e poético na adaptação e apresenta ao público o universo criado pelo escritor no romance, vencedor do Prêmio Jabuti em 2001.

A história se passa em Manaus entre as décadas de 1920 e 1980 e acompanha a trajetória de uma família de origem libanesa estabelecida no Brasil, pincelando também alguns dos acontecimentos históricos do país no período. O foco é centrado nos dois irmãos gêmeos, Omar (Enrico Rocha/ Matheus Abreu/ Cauã Reymond) e Yaqub (Lorenzo Rocha/ Matheus Abreu/ Cauã Reymond), que desde a infância vivem entre desentendimentos e brigas.

Omar é expansivo, festeiro e irresponsável, além de o preferido da mãe, Zana (Gabriella Mustafá/ Juliana Paes/ Eliane Giardini). Já Yaqub é quieto, introspectivo e esforçado na escola. Em torno dos gêmeos orbitam a mãe, o pai, Halim (Bruno Anacleto/ Antonio Calloni/ Antonio Fagundes), a irmã mais nova, Rânia (Letícia Almeida/ Bruna Caram), a empregada da família, Domingas (Sandra Paramirim/ Zahy/ Silvia Nobre), e o filho dela, Nael (Theo Kasper/Ryan Soares/ Irandhir Santos), o narrador da produção. Também há Lívia (Monique Bourscheid/Bárbara Evans), alvo da disputa dos irmãos na adolescência.

Pelo que se pode ver nos primeiros episódios da minissérie, disponível para assinantes do GloboPlay, o serviço de streaming da emissora, a adaptação de Maria Camargo é fiel, mantendo, em linhas gerais, o que conta Hatoum no romance. O destaque do trabalho fica mesmo com Luiz Fernando Carvalho, que na série coloca mais cor e dramaticidade ao que é apresentado no livro, de linguagem mais enxuta.

O estilo característico do diretor, já visto no cinema em Lavoura Arcaica e na televisão em produções como Hoje É Dia de Maria, Capitu e Velho Chico aparece com força em Dois Irmãos. O filtro mais amarelado que faz o público sentir o calor do Norte, as composições pouco óbvias das sequências e a fotografia que valoriza tanto as cenas fechadas no rosto de um personagem quanto as abertas, que mostram a Amazônia. Está tudo lá. E isso é ótimo.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês*
DIA DOS NAMORADOS

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada edição sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.