Deborah Secco: ‘A sociedade é machista: homem trair é normal, mulher não’
Atriz rebate críticas sobre quando afirmou que traiu todos os namorados: ‘também fui traída por eles’
Deborah Secco voltou a falar de um tema caro para ela — e para a sua personagem em Segundo Sol, a ex-quenga Karola, dividida entre o homem que ama, Beto Falcão (Emilio Dantas), e o cunhado por quem é atraída, Remy (Vladmir Brichta). Deborah já admitiu ter traído todos os parceiros — exceto o atual, o marido Hugo Moura, com quem está desde 2015 e tem uma filha, Maria Flor, de 2 anos. Ela retomou o tema durante o programa Conversa com Bial exibido na noite desta quinta-feira.
“Choquei todas as pessoas que não estão habituadas com a franqueza”, diz. “É uma sociedade hipócrita e machista, onde o homem trair é normal, a mulher trair, não. No caso desses homens que eu traí, eu fui traída por todos eles, e isso nunca virou uma grande questão”, disse, comentando a diferença de julgamento entre o comportamento masculino e feminino. “É um quadro da nossa sociedade muito machista.”
O tópico surgiu enquanto a atriz e o apresentador comentavam seu novo filme, Mulheres Alteradas. Bial perguntou se Deborah já tinha se visto em uma relação tóxica como a que interpreta no longa, em que o namorado quer terminar a relação, mas não tem coragem e acaba tratando mal a parceira .
“Na verdade, eu era a parte tóxica, é triste assumir isso”, diz. “Eu não tinha forças para me livrar da relação, então fazia de tudo para a outra pessoa se livrar de mim.” Segundo ela, por não conseguir terminar os relacionamentos, acabava se envolvendo com outra pessoa. “Eu me apaixonava de novo para ter forças de sair daquilo. Só consegui sair de um relacionamento entrando em outro.”
Por fim, ela reforçou que não sente orgulho nem incentiva a traição. “Só eu sei como sofri. Adoraria ter conhecido meu marido aos 16 anos e ter vivido com ele a vida toda.”
Segundo a atriz, o que mais chocou após a entrevista em que assumiu ter traído os namorados foi a repercussão entre as próprias mulheres. “Muitas me chamavam de vagabunda”, diz. Deborah aproveitou para falar sobre feminismo. “É um dever. Todas as mulheres deveriam fazer esse movimento. É uma luta por nós. Mais do que por nós. O machismo também oprime os homens e os coloca em uma sociedade onde é proibido chorar, abraçar um amigo, ser sensível. Acho, sim, que devemos viver em uma postura totalmente feminista, que quer dizer respeito e igualdade.”