Artistas defendem Paulo Betti após processo por racismo
Após mensagem em grupo de WhatsApp, ator se tornou alvo de ação judicial movida por Jorge Coutinho e Milton Gonçalves
Por Redação
18 jun 2019, 19h24
As atrizes Júlia Lemmertz e Deborah Evelyn foram às redes sociais nesta terça-feira, 18, para defender o colega Paulo Betti, acusado de racismo em um processo movido por Jorge Coutinho e Milton Gonçalves, contra quem disputa a presidência do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado do Rio de Janeiro (SATED-RJ). O texto ressalta que Betti “tem sido injusta e ostensivamente acusado de racismo, fascismo e nazismo” e afirma que a ação judicial é parte de uma “manobra eleitoreira”.
Além disso, o post aponta que houve uma tentativa de impedimento à candidatura da Chapa 2, representada por Betti, ao pleito. “A atual direção do SATED (formada por Jorge Coutinho e Milton Gonçalves) tentou pedir o indeferimento da candidatura da Chapa 2 – Renovação e Transparência, mas a manobra não obteve sucesso, e culminou na volta da Chapa 2 ao processo eleitoral após determinação liminar da 81ª Vara da Justiça do Trabalho.”
A atriz Maria Ribeiro, ex-mulher de Paulo Betti, também utilizou o Instagram para se pronunciar sobre o caso. “Ao acusar, a meu ver, levianamente, um sujeito íntegro como Paulo, esses senhores não só não estão lutando por um Brasil melhor, como estão, na melhor das hipóteses, confusos sobre seus reais inimigos”, escreveu. “Paulo, na camisa do meu time está escrito o teu nome, e eu a exibo com amor e orgulho há 22 anos.”
Segundo a Folha de S.Paulo, a acusação de racismo teve como base uma mensagem de Betti no WhatsApp, na qual o ator afirmava que “a atual diretoria do sindicato está lá há muito tempo e tem uma forte representação negra com Jorge Coutinho e o grande Milton Gonçalves, além do querido Cosme, isso complica bastante a luta, pois pode confundir as coisas.”
Ainda de acordo com o jornal, a defesa de Coutinho e Gonçalves alega que as falas de Betti são “insinuações evidentemente maledicentes” e pede que o acusado responda a pelo menos três perguntas: “que complicador seria o levantado por Betti diante o fato de Milton e Jorge terem forte representação negra? O que poderia “confundir as coisas”? Que coisas seriam essas? Que luta seria essa?”.
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