Amy Adams, ‘Deadpool’ e os esnobados pelo Oscar 2017
De atores a toda uma produção, confira a lista de VEJA sobre os maiores injustiçados da premiação
Todos os anos, ao anunciar os concorrentes ao Oscar, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas desaponta profundamente as expectativas de fãs e da crítica especializada — que não cansam de “xingar no Twitter”. Amy Adams — já tida nas redes sociais como “o novo Leonardo DiCaprio” —, protagoniza a maior polêmica: a ruiva era elegível para a categoria de melhor atriz tanto por A Chegada, quanto por Animais Noturnos, mas acabou fora da corrida. Deadpool também foi esquecido. Apesar de todas as críticas positivas que recebeu e as muitas indicações ao Globo de Ouro, no Oscar, o super-herói da Marvel acabou sem nenhuma categoria.
Confira abaixo os principais “foras” da 89ª edição do Oscar:
Amy Adams
Apesar de contar com dois filmes poderosos na manga, A Chegada e Animais Noturnos, Amy Adams não foi indicada por nenhum deles ao prêmio de melhor atriz. A ausência da ruiva na lista foi lamentada nas redes sociais por fãs e críticos que se surpreenderam com sua performance em ambas as produções. Alguns até alegaram que a veterana Meryl Streep, indicada pela 20ª vez ao Oscar, deveria “pular” essa edição e abrir espaço para concorrentes em ascensão, como Amy.
Trolls
Colorido, divertido e musical, o filme da Dreamworks agradou às crianças (e aos pais em busca de mensagens fofinhas e otimistas), mas não à Academia, que deixou o longa de fora da categoria de melhor animação. Dublador de Tronco, o troll cinzento e rabugento, Justin Timberlake ficará responsável por representar a produção na cerimônia com a performance de Can´t Stop The Feeling, que concorre ao prêmio de melhor canção original.
Trabalho Interno
Escrito e dirigido pelo brasileiro Leo Matsuda, o curta sobre a dualidade cérebro-coração abre as sessões de Moana: Um Mar de Aventuras. A produção chegou aos pré-selecionados da categoria de curta de animação do Oscar, mas não foi indicada, levando consigo a única possível representação do Brasil no prêmio.
Jackie
A excelente interpretação de Natalie Portman no papel-título não foi esquecida, mas Jackie merecia mais. O longa dirigido por Pablo Larraín aborda a inesperada viuvez da primeira-dama dos Estados Unidos, concentrando-se nos amargos quatro dias posteriores ao assassinato de John F. Kennedy, e poderia figurar entre os indicados a melhor filme.
Animais Noturnos
Famoso no mundo da moda, o estilista Tom Ford demonstrou maturidade e eficiência em seu segundo trabalho como diretor de cinema. Animais Noturnos é um thriller psicológico de primeira linha repleto de camadas e contrastes – principalmente entre o feio e o belo – e que certamente deveria concorrer às categorias de melhor filme e direção. A única indicação do longa ao prêmio ficou com Michael Shannon como melhor ator coadjuvante.
Estrelas Além do Tempo
Embora indicado ao prêmio de melhor filme, a boa trilha sonora de Estrelas Além do Tempo foi ignorada pelo Oscar. Pharell Williams encabeçou a composição das canções originais, embaladas por jazz, respingos da música cristã e um afinadíssimo coro de mulheres negras.
Deadpool
Todo o burburinho ao redor do “super-herói para adultos” não rendeu ao filme nenhuma indicação ao Oscar. Ryan Reynolds, o protagonista, era uma aposta para o prêmio de melhor ator, e embora a produção dificilmente chegasse aos indicados a melhor filme, estava bem cotada para grande parte dos prêmios técnicos.
Elle
O longa rendeu à francesa Isabelle Huppert o Globo de Ouro de melhor atriz em filme de drama. Ela consolida o bom trabalho com uma indicação na mesma categoria do Oscar. Contudo, o belíssimo e intrigante Elle não passou nem pela primeira peneira da Academia para o prêmio de filme estrangeiro. Uma pena.