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A tentativa de censura à obra de Jorge Amado em escolas de Santa Catarina

Jéssica Lemoine, do PL de Itapoá, considera 'Capitães da Areia' uma ferramenta da 'infiltração' da esquerda na educação de adolescentes

Por Thiago Gelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 3 jul 2025, 10h37

Capitães da Areia é, há décadas, unanimidade nas escolas do Brasil. Escrito por Jorge Amado em 1937, o romance é um marco no neorrealismo brasileiro e captura a realidade de um grupo de menores que vivem nas ruas de Salvador, na Bahia. Para a vereadora Jéssica Lemoine (PL), do município de Itapoá (SC), a trama “promove a marginalização infantil e romantiza o estupro e a relação sexual entre adultos e crianças” — por isso, deveria ser retirada das escolas públicas da cidade.

O pedido foi feito durante uma sessão na Câmara Municipal de Itapoá. A vereadora ainda afirmou que a “classificação indicativa” do livro haveria sido propositalmente reduzida de 18 anos para permitir que a obra fosse lida por alunos do 7° e 8° ano. Livros, contudo, não são comercializados com classificação indicativa no Brasil. Já o filme que adapta o enredo, dirigido por Cecília Amado em 2011, é recomendado para público de 14 anos ou mais.

Lemoine não apresentou materiais que embasassem seus argumentos, mas afirmou ter sido alertada da questão por pais preocupados. Ela ainda caracterizou Amado como “um escritor comunista” e uma ferramenta para que a esquerda se “infiltrasse” na educação por meio dos estudos literários. Apesar do apelo, ela não quer retirar o livro das bibliotecas municipais, já que é material exigido em vestibulares, mas o considera apropriado apenas para adultos. Ela defende que a ação não seria censura.

Para além de Capitães da Areia, Jorge Amado escreveu mais clássicos como Gabriela, Cravo e CanelaDona Flor e Seus Dois Maridos. É um dos escritores brasileiros mais vendidos da história. Na política, se filiou ao Partido Comunista Brasileiro (PCB) e foi eleito deputado federal em 1946. Se desligou do partido em 1956, após as denúncias de Nikita Kruchev que revelaram os crimes de Josef Stalin. Morreu em 2001, aos 88 anos, e é imortal da Academia Brasileira de Letras.

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