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6 filmes de beleza premiada no Oscar; veja onde assistir

Confira quais foram os longas que arremataram, ao mesmo tempo, as estatuetas de melhor fotografia e direção de arte nas duas últimas décadas do prêmio

Por Tamara Nassif 16 jun 2020, 12h34

Com o adiamento da próxima cerimônia do Oscar — afetada pela pandemia — resta aos fãs da premiação relembrar vitoriosos de anos anteriores. Para fugir do óbvio, a equipe de cultura de VEJA separou para os leitores os longas que foram duplamente premiados nas categorias de melhor fotografia e melhor direção de arte — estatuetas concedidas às produções de estética mais apurada e cenas deslumbrantes. Confira abaixo a lista dos filmes mais belos das duas últimas décadas segundo a Academia de Hollywood.

 

La La Land: Cantando Estações

Onde assistir: Netflix, Telecine Play, Looke

Há quem revire os olhos para musicais — entre eles La La Land. Mas ninguém pode negar que o longa aclamado no Oscar de 2017 é de uma estonteante beleza visual. Além de ser agradável aos olhos, a produção também faz bem aos ouvidos, com belíssimas composições que ainda renderam à equipe as estatuetas de canção original, por City of Stars, e melhor trilha sonora. O longa segue Mia (Emma Stone), uma atendente de cafeteria e aspirante a atriz que, apesar do talento, não consegue prosperar em audições, e Sebastian (Ryan Gosling), um pianista amante de jazz igualmente hábil e mal-sucedido. Ao mesmo tempo em que perseguem fama e sucesso, os dois tentam fazer o relacionamento dar certo na abrilhantada Hollywood.

La La Land
Cena do filme ‘La La Land’, com Ryan Gosling e Emma Stone (//Divulgação)

 

A Invenção de Hugo Cabret

Onde assistir: Telecine Play

A beleza da Paris dos anos 1930 é resumida ao ambiente da estação de trem Gare du Nord, onde o protagonista, o órfão Hugo Cabret (Asa Butterfield), se esconde e mantém o que restou do pai: um robô quebrado. A grandiosidade da arquitetura da construção e a força dos maquinários contrastam com a fragilidade da criança, que busca desvendar segredos de família e se encontrar no mundo. Filmado com brilhantismo pelo diretor Martin Scorsese, pensando nos detalhes do cinema 3D, o longa de 2011 ainda arrancou elogios do meio cinematográfico — James Cameron, de Avatar, jogou a toalha e afirmou que Scorsese fez na produção o melhor uso do 3D até aquele momento.

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A invenção de Hugo Cabret
Cena do filme ‘A invenção de Hugo Cabret’ (//Divulgação)

Avatar

Onde assistir: Looke

Dez anos depois de seu lançamento, Avatar continua na boca de cinéfilos e não-cinéfilos. O motivo é claro: o filme de ficção-científica deixou o setor de efeitos visuais e fotografia de queixo caído ao revolucionar com técnicas e câmeras que, até aquele momento, não existiam. O longa acompanha o paraplégico Jake Sully (Sam Worthington) no programa “Avatar”, uma empreitada científica que possibilita a sobrevivência de humanos em Pandora, lua de um planeta fictício, já habitada por humanóides de três metros de altura e pele azulada chamados de Na’Vi. Os “avatares” são seres híbridos, de corpo Na’Vi e mente humana, que têm como objetivo explorar a lua e seus recursos naturais – motivo este que origina uma guerra entre nativos e colonizadores. O diretor James Cameron promete mais quatro sequências para o original, gravadas ao mesmo tempo e esperadas para os anos de 2021, 2023, 2025 e 2027.

Avatar
Cena do filme ‘Avatar’, aclamado no Oscar de 2010 (//Divulgação)
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O Labirinto do Fauno

Onde assistir: Now

Ofélia (Ivana Baquero) tem dez anos e se muda para as montanhas ao norte de Navarra, na Espanha, com a mãe Carmen (Ariadna Gil) para conhecer seu novo padrasto, um oficial fascista do exército que luta para reprimir uma guerrilha após o término da Guerra Civil espanhola. Solitária, a jovem menina descobre um labirinto nos arredores da nova casa. Lá, conhece o fauno Pan (Doug Jones), que diz que Ofélia é uma lendária princesa perdida e a incumbe de três tarefas perigosas que repercutem no “mundo real”. A fábula dirigida pelo cineasta Guillermo Del Toro prende o espectador com seus cenários assustadores, mas instigantes, e criaturas mágicas vividas por atores reais — tanto que o filme ainda levou uma estatueta no Oscar de 2007 de melhor maquiagem.

laberinto-del-fauno
Cena de ‘O Labirinto do Fauno’, fantasia com alegorias para a Guerra Civil Espanhola (//Divulgação)

Memórias de Uma Gueixa

Onde: Now

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Chiyo (Suzuka Ohgo), uma jovem moça de olhos azul-acinzentados, foi vendida a uma casa de gueixas quando ainda era menina para dançar, cantar, sorrir e entreter. Sua beleza aos poucos desponta como ameaça às gueixas com quem trabalha. Sem esperanças de uma vida melhor, encontra Shachō (Ken Watanabe), chamado de Presidente, acompanhado de duas gueixas, e, mesmo criança, Chiyo se apaixona e faz daquele amor platônico sua razão de viver. Decide, então, tornar-se uma gueixa de mesmo quilate das que o acompanhavam para reencontrá-lo. Crescida, adota o nome Sayuri (Zhang Ziyi) e se dedica a missão de se tornar a acompanhante mais famosa e lucrativa da cidade para assim conquistar sua liberdade e, no processo, o coração do Presidente. Produzido por Steven Spielberg, Memórias de Uma Gueixa levou três estatuetas no Oscar de 2006: melhor direção de arte, fotografia e figurino.

Memórias de uma gueixa
Filme ‘Memórias de uma Gueixa’, que levou para casa três estatuetas do Oscar de 2006 (//Divulgação)

O Aviador

Onde: HBO Go, Looke

Dirigido por Martin Scorsese e composto por um elenco de peso, O Aviador é baseado na história real de Howard Hughes (interpretado por Leonardo DiCaprio), um jovem que herdou uma fortuna milionária do dia para a noite. Excêntrico e com mania de grandeza, aproveitou a bolada para conciliar uma carreira como diretor de cinema e de dono de um império de aviação nos Estados Unidos. Hughes ajudou a construir a carreira de astros renomados, como a atriz Jean Harlow (vivida por Gwen Stefani), dirigiu o filme Hell’s Angels e se envolveu com as estrelas Katharine Hepburn (Cate Blanchett) e Ava Gardner (Kate Beckinsale). No Oscar de 2005, levou os prêmios de melhor fotografia, direção de arte, edição, figurino e, para Cate Blanchett, a estatueta de atriz coadjuvante.

O Aviador
Cena de ‘O Aviador’, filme de Martin Scorsese (//Divulgação)
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