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2020 tem salvação: AC/DC anuncia retorno e novo disco para dezembro

Após seis anos sem álbum de inéditas, banda dos irmãos Angus e Stevie Young ressurge no Instagram e confirma que seu rock'n'roll vem por aí de novo

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 set 2020, 18h00 - Publicado em 30 set 2020, 14h48

O ano de 2020 ainda pode ter salvação. Pelo menos no rock and roll, é claro. Desde segunda-feira, 28, o AC/DC está dando várias indicações de que vai lançar em 7 de dezembro um novo álbum, batizado de Power Up. O trabalho seria o primeiro de inéditas em seis anos e um sopro de esperança para os fãs, que chegaram a pensar que a banda tinha acabado após a morte do guitarrista Malcolm Young, em 2017, e uma suspeita de surdez do vocalista Brian Johnson. 

Embora o grupo não tenha feito ainda o anúncio oficial do álbum, eles confirmaram nesta quarta-feira, 30, o retorno à banda de Brian Johnson, do baterista Phil Rudd e do baixista Cliff Williams – que, ao lado dos irmãos e líderes Angus e Stevie Young, gravaram o último disco de inéditas, Rock or Bust, em 2014. O anúncio foi feito no Instagram da banda, reativado nos últimos dias. Rock or Bust foi gravado sem a presença de Malcolm, que tinha se afastado naquele ano por estar sofrendo de demência. O anúncio do retorno da banda veio acompanhado de imagens de um provável videoclipe do single, que deverá se chamar Shot in The Dark. Um totem também foi colocado em frente à escola secundária Ashfield Boys, em Sydney, onde Angus Young estudou, na Austrália.

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O AC/DC, uma das mais prolíficas e longevas bandas de hard rock de todos os tempos, passou por maus bocados nos últimos anos. Brian Johnson, por exemplo, não participou de parte da turnê de Rock or Bust por causa de seus problemas auditivos. Ele acabou sendo substituído pelo improvável Axl Rose, vocalista do Guns N Roses. Phil Rudd também não participou daquela turnê por ter se enrolado na Justiça em acusações de porte de drogas e tentativa de homicídio. Na época, ele foi substituído por Chris Slade. Cliff Williams, por sua vez, anunciou em 2017, após a morte de Malcolm, que iria se aposentar.

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Porém, mais do que anunciar o retorno dos três integrantes, o novo álbum do AC/DC mostra que a banda, com quase 50 anos de carreira, ainda tem eletricidade para gastar. Resta saber se a morte de Malcolm foi totalmente superada. A julgar pelas declarações de Dee Snider, do Twisted Sister, que disse em diversas entrevistas que o novo disco do AC/DC contaria com homenagens a Malcolm, além de gravações inéditas do guitarrista, o grupo parece estar seguindo em frente.

Ainda que o álbum não repita o sucesso de Black Ice, de 2008, e mesmo que o AC/DC não saia em turnê para divulgar o novo trabalho, um lançamento de inéditas da banda vale a pena ser celebrado. O grupo é dono da impressionante marca de 50 milhões de cópias vendidas de um único álbum, Back in Black (1980) – atrás apenas de Thriller (1982), de Michael Jackson. Eles também são donos do curioso recorde de música de rock mais tocada em funerais na Austrália, para o clássico Highway To Hell. É como disse um fã em um comentário de uma das novas fotos do grupo no Instagram: “Este mundo nunca precisou tanto de rock and roll quanto agora”.

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