Comportamento

Padre Júlio exibe presente do papa Francisco ao lamentar morte do pontífice; assista

Solidéu enviado pelo Vaticano foi entregue à Pastoral do Povo da Rua de São Paulo como sinal de proximidade do líder da Igreja Católica

Por Ligia Moraes SEGUIR SEGUINDO 21 abr 2025, 14h37

Padre Júlio exibe presente do papa Francisco ao lamentar morte do pontífice — Padre Júlio Lancellotti faz oração diante do solidéu enviado pelo papa Francisco à Pastoral do Povo da Rua de São Paulo (Reprodução/@padrejulio.lancellotti/Instagram)

A morte do papa Francisco nesta segunda-feira, 21, gerou manifestações de pesar entre líderes religiosos em todo o mundo. No Brasil, o padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo da Rua de São Paulo, publicou um vídeo nas redes sociais em que comenta o falecimento do pontífice e mostra um presente recebido diretamente do Vaticano: um solidéu, o pequeno chapéu branco usado pelo papa.

Segundo ele, o objeto foi enviado por Francisco com a instrução de que fosse entregue “aos irmãos de rua como gesto de carinho e de proximidade”. No vídeo, Lancellotti explica que “solidéu quer dizer ‘só de Deus’” e finaliza: “Que todos nós tenhamos sempre presente o legado do papa Francisco. Francisco, o misericordioso”.

O presente havia sido enviado anteriormente, mas ganhou novo significado com a morte do papa. O gesto foi citado por Lancellotti ao se pronunciar sobre a notícia do falecimento.

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Jorge Mario Bergoglio morreu aos 88 anos, às 7h35 (horário local), em Roma, após enfrentar uma pneumonia dupla. Nos últimos dois meses, esteve internado por 38 dias no Hospital Gemelli e havia retornado ao Vaticano há cerca de três semanas. No domingo de Páscoa, fez uma breve aparição na Praça São Pedro.

Desde o início do pontificado, em 2013, Francisco enfrentou diversos problemas de saúde, principalmente respiratórios. Em fevereiro deste ano, diagnosticado com bronquite, chegou a interromper uma homilia por falta de ar. Ainda jovem, precisou retirar parte de um dos pulmões devido a uma infecção.

Apesar das limitações físicas, o papa vinha resistindo a pressões para renunciar. Na autobiografia publicada em 2023, afirmou ter deixado uma carta de renúncia assinada no início de seu pontificado, mas reforçou que preferia não deixar o cargo em vida. Disse ainda que, caso deixasse o posto, gostaria de ser chamado apenas de “bispo emérito de Roma”, e não de papa emérito.