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Ouro reciclado e “charms”: por que marca de joias virou febre no Brasil

Favorita dos jovens e desejo entre homens e mulheres, a internacional Pandora traz peças atuais e personalizáveis. Vice-presidente fala a VEJA

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 Maio 2024, 22h35 - Publicado em 30 Maio 2024, 18h58

Apresentada como a maior marca de joias do mundo – em volume de produção de peças, que chega a cem milhões por ano, todas feitas à mão, a Pandora é a favorita de dez entre dez jovens. Isso porque, diferente das joalherias tradicionais, a grife dinamarquesa traz infinitas possibilidades de personalização e permite que as pessoas expressem seu estilo pessoal por meio de suas peças, feitas com ouro e prata reciclados e diamantes cultivados em laboratório. Ou seja, é uma grife que trabalha dentro dos novos e essenciais conceitos de sustentabilidade, algo muito importante para esse público. “Nossa meta era ter 100% de ouro e prata reciclado em 2025, target que já atingimos neste ano. E até 2030, pretendemos ser carbono neutro”, conta a VEJA, Martin Pereira Rozas, vice-presidente sênior da Lapac, divisão da América Latina e Ásia Pacífico da Pandora.

De qualquer forma, é bom lembrar que a Pandora atinge todas as idades, tem linhas diversas – Diamonds, com peças feitas com diamantes cultivados; Timeless, com joias mais clássicas; Me, mais informal – e agora lança a Essence, com 50 joias em formas orgânicas e designs esculturais, inspiradas na natureza e na estética nórdica, e feitas com pérolas cultivadas, algo inédito na joalheria. “Criamos desenhos sensuais, que convidam ao toque”, dizem Francesco Terzo e A. Filippo Ficarelli, diretores criativos da Pandora. Não à toa, traz Anitta como garota propaganda. E deve virar objeto de desejo, especialmente entre os jovens, principais fãs dos famosos “charms”, pingentes colocados em pulseiras e braceletes, invenções da marca e os maiores responsáveis pela febre no Brasil.

A VEJA, Rozas contou mais sobre a nova linha, os planos e expectativas no mercado brasileiro e o compromisso da Pandora com a sustentabilidade. Confira:

Essa febre de Pandora é bem recente no Brasil, principalmente entre os jovens. E exatamente por isso, muita gente não sabe que a marca é de joias, e não de bijuterias. Como define o momento atual da joalheria no país?

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Na verdade, a Pandora tem mais de 10 anos no Brasil, mas originalmente entrou no país com um distribuidor. Após algumas mudanças e um alinhamento internacional da marca no mundo inteiro, contudo, passamos a ser automaticamente reconhecidos como joalheria no Brasil, onde só em 2023 abrimos 50 lojas e temos planos de chegar a 200 pontos de venda ainda este ano. Atualmente, a Pandora é a maior joalheria do mundo em termos de volume, com uma produção e venda de mais de cem milhões de peças por ano, todas feitas à mão. E que não para de crescer. Está em mais de 120 países e atrai muito os jovens principalmente por ser conhecida pela invenção dos “charms” (pingentes colocados em pulseiras e braceletes) e pela grande preocupação com sustentabilidade, não só pela não emissão do carbono no meio ambiente, mas pelo negócio sustentável e consistente.

A questão da sustentabilidade envolve o ouro e a prata reciclados, além dos diamantes feitos em laboratório, especialidades da Pandora. É o futuro da joalheria?

A sustentabilidade é um compromisso da Pandora. Nossa meta era ter 100% de ouro e prata reciclados em 2025, target que já atingimos neste ano. Até 2030, pretendemos ser carbono neutro. E entramos nesse mercado de diamantes e de pedras preciosas porque agora tem como fazer sem impacto social e ambiental, por meio dos diamantes cultivados que, hoje em dia, já têm a qualidade e consistência exigida pela marca. Mesmo assim, ainda somos muito cuidadosos nesse aspecto, estamos lançando esse conceito em primeira mão em apenas cinco mercados do mundo, inclusive no Brasil.

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Quais são esses mercados e por que o Brasil?

Estados Unidos, Austrália, Reino Unido, México e Brasil, que estamos investindo muito agora. Fizemos uma campanha com a Anitta, temos uma parceria com o Alok e sabemos que o país vai ser um dos maiores e mais relevantes mercados para a marca, não só pelo potencial e tamanho, mas pelo conhecimento geral do consumidor brasileiro e essa paixão especial que tem pela joalheria. É inspirador o jeito que as brasileiras e brasileiros usam as joias, interpretam os diamantes e dá significados às peças.

Qual a diferença entre o ouro e prata reciclados e os diamantes cultivados aos naturais?

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O ouro e a prata são metais nobres, e são infinitamente recicláveis. Essa é a diferença, o trabalho responsável de reciclagem, sem afetar em nada a qualidade e sem custo adicional para o consumidor. Na parte dos diamantes cultivados, eles têm 95% menos emissões de carbono na produção geral que um diamante natural e são muito mais baratos, o que democratiza a joalheria – o que casa com a ideia da Pandora em fazer joalheria para todos.

E essa democratização acaba afetando diretamente os jovens, que passam a ter mais acesso…

Exatamente. Mas é bom ressaltar que embora os jovens continuem sendo público alvo, sempre fomos multi target em termos de idade. É um público muito amplo. Antes, tinha 50% de mulheres e 50% de homens que compravam, mas eram 99% de mulheres que usavam. Agora, tem homens usando cada vez mais, então estamos apostando em desenhos mais fluidos. Claro que também temos uma linha tradicional, Timeless, que é mais clássica, mas temos muitos designs atuais.

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Falando nesse target amplo, vemos que tem campanhas com a Anitta, ídolo jovem e com a Pamela Anderson, que abrange um público bem mais maduro. Qual o critério de escolha para as estrelas da marca?

Dizemos que nossa missão na Pandora é dar voz às paixões. E uma joia é para ajudar a contar uma história, o que começamos com os próprios charms, que são colocados ali conforme a história e o gosto da pessoa, e acaba virando uma peça única. Por isso, na região latina, por exemplo, a gente faz muitas parcerias com pessoas do universo da música. Anitta é uma figura internacional, assim como o Alok. Já fizemos com a Shakira, pelo mesmo motivo – todos lembram de uma história com ou dessas pessoas. No caso da Pamela Anderson, também segue esse raciocínio porque está na memória afetiva de pessoas mais maduras, e para reforçar que os diamantes são para todos. No vídeo, ela conta a história dela e quebra um pouco essa coisa de que diamantes são apenas para anéis de noivado. Hoje em dia, uma mulher bem-sucedida pode comprar um diamante para ela mesma, se presentear e não ficar esperando ganhar um anel, entende? As joias são para isso: criar memórias afetivas e contar histórias. E os diamantes são para sempre.

Falando em Anitta, ela é a estrela da nova linha, Essence, que é bem diferente do que se costuma ver na Pandora…

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Sim, estamos cada vez mais virando uma joalheria completa, com diversas linhas. A Diamonds de diamantes cultivados, a Timeless, é mais clássica, a Me, mais informal, e agora temos a Essence, com formas mais orgânicas, designs esculturais e muita inspiração na natureza. E peças com pérolas, também cultivadas.

E a marca não tem planos para joias com gemas brasileiras? Ou collabs com designers brasileiros?

Não sou designer, então não posso responder essa pergunta. Mas sei que a diversidade de pedras brasileiras é enorme, então vou dar a ideia aos nossos designers (risos). Sobre as collabs, a Pandora sempre pensa nisso. Geralmente, faz parcerias com algo de impacto global, como Marvel e Game of Thrones, mas como estamos começando a investir muito no Brasil, é uma boa ideia. Nossa expectativa é dobrar o business até 2027 e as perspectivas são muito boas porque a economia brasileira voltou a crescer. Quando cresce, não tem para ninguém e todos os indicadores mostram que agora é a vez do Brasil.

Martin Pereira Rozas, vice presidente sênior da América Latina e Ásia Pacífico da Pandora
“Quando o Brasil cresce, não tem para ninguém” – Martin Pereira Rozas, vice presidente sênior da América Latina e Ásia Pacífico da Pandora (Pandora/Divulgação)
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